Uma florista em São Francisco está tão desesperada para encontrar trabalhadores, que afixou um anúncio a oferecer-se por contratar “qualquer um que apareça”.
Andrei Abramov, o dono da “French Tulip Flowers”, em Noe Vallley, contou à ABC 7 News que ele e a sua namorada são os únicos empregados da florista.
“Neste momento, aceitamos qualquer pessoa que esteja disposta a aprender e a trabalhar connosco”, realçou Abramov.
Não é a primeira entidade empregadora que se depara com este problema, mas a razão pelo qual este fenómeno de falta de trabalhadores no Estados Unidos acontece, ainda está por ser descoberta, como aponta o Independent.
O caso da florista é apenas um de vários. Desde lojas a restaurantes, a dificuldade em contratar empregados é sentida por muitos.
À semelhança de Andrei Abramov, o dono de uma pizzaria em São Francisco também publicou um anúncio no Facebook do restaurante, no qual se oferecia para contratar “literalmente qualquer pessoa“.
As empresas americana que oferecem baixos salários estão a lutar para contratar empregados, a meio da chamada “Grande Demissão” — um aumento exponencial do número de trabalhadores que, todos os meses, se demitiram desde, pelo menos, o início do século XXI.
De acordo com os dados do US Bureau of Labor Statistics, 3% dos trabalhadores americanos despediram-se em setembro do seu emprego.
Comparando os números com 1,6 % em abril de 2020, e 1,2% depois da crise financeira em 2009, é possível notar um aumento bastante razoável da taxa.
A “Grande Demissão” verifica-se, mesmo depois de o subsídio de desemprego de emergência, atribuído durante a pandemia, ter terminado.
Isto sugere que o fenómeno pode estar relacionado com o facto de os trabalhadores reavaliarem as suas vidas após uma crise global, e se fartarem de salários baixos e más condições de trabalho.
As empresas estão a tentar combater o problema através de bónus de contratação, comissões para recrutadores ou redução das qualificações mínimas. Mas são poucos os que apostam no aumento de salários.
Os donos das pequenas empresas afirmam que não têm capacidade para aumentar os gastos, devido ao choque da pandemia, contrariamente às grandes empresas.
De acordo com Joe Biden, “em vez de os trabalhadores estarem a competir entre si por postos de trabalho que são escassos, os empregadores estão a competir uns com os outros para atrair funcionários“.
Bem feito!.. Isto é tão bem feito! Empregadores a ter de competir entre si pelo factor trabalho.
Seria óptimo estar a acontecer em Portugal
E está!!!! Deve andar muito distraído. Mesmo muito distraído!!!!
Em Portugal as empresas andam literalmente a roubar trabalhadores umas às outras.
Mas pó cá isso em parte acontece porque muitos trabalhadores preferem inscrever-se no subsídio de desemprego e ir fazendo uma biscates por fora. Tudo livre de impostos e horários. Há setores em que a concorrência ilegal é escandalosa. O governo deveria intervir.
Bom dia!…
Deves ter estado mesmo muito longe de Portugal nos últimos a anos…
Consoante o Estado, terá que ser ter pelo menos dois trabalhos atualmente para fazer face ao custo do seguro de saúde e renda de casa/quarto, nestes trabalhos de minimum wage. Trata-se de um país onde de facto só não trabalha quém não quer, mas trabalha-se para sobreviver numa larga % dos americanos. The american dream já foi para não qualificados há mais de um a década.