Estudo revela que 80% das empresas aceitam prazos de pagamento superiores. Metade dos casos tem origem na intenção do cliente.
A maioria das empresas aceita estender o prazo de pagamento aos clientes, para esses clientes não “fugirem” para a concorrência – ou para simplesmente não deixarem de ser clientes.
O estudo da Crédito y Caución e Iberinform indica que 80%, quatro em cada cinco empresas, alarga os prazos de pagamento.
Mais 300 gestores de empresas foram questionados, neste estudo divulgado na terça-feira.
A falta de disponibilidade de fundos é a principal razão para os atrasos nos pagamentos (74% dos casos), seguida pelo atraso intencional dos clientes (50%).
Menos frequentes são outros três motivos: complexidade dos procedimentos de pagamento, emissão de facturas incorretas e disputas quanto à qualidade dos bens e serviços fornecidos.
A análise feita pela companhia de seguros de crédito, divulgada pelo Jornal Económico, acrescenta que 40% das grandes empresas tiveram de aceitar prazos de pagamento superiores aos desejados; essa percentagem sobe para 43% no contexto das pequenas e médias empresas.
No sector público, a percentagem diminui muito: somente 11% das empresas com relações comerciais com a Administração Pública têm de aceitar uma extensão dos prazos de pagamento. Entre os profissionais liberais, há 27% a impor prazos de pagamento.
Tem havido um “aumento dos problemas de liquidez do tecido empresarial”, lê-se no comunicado da Crédito y Caución e Iberinform.