Empresário usa proximidade a Luís Filipe Vieira para ganhar três milhões com burlas

César Boaventura / Facebook

O agente desportivo César Boaventura.

O agente César Boaventura terá alegado ter uma relação próxima com Vieira para burlar outros empresários ligados ao futebol em 3,2 milhões de euros.

De acordo com a acusação do Ministério Público na Operação Malapata, o empresário de futebol César Boaventura tentou “criar uma aura à sua volta de que era um empresário de futebol de excecional sucesso fruto da sua conhecida relação privilegiada com o anterior presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira” e terá usado esta proximidade para burlar outros agentes.

Boaventura obteve rendimentos superiores a 3,2 milhões de euros entre 2016 e 2021. Este dinheiro terá vindo das comissões dos contratos de jogadores conseguidas por outros empresários, que alegadamente foram burlados.

O Correio da Manhã avança ainda que Boaventura usou documentos falsos para alegar que representava jogadores que alinhavam pelo Benfica, como Gedson Fernandes e jovens da academia.

O esquema consistia em pedir grandes quantidades de dinheiro adiantadas com a promessa de que as ia devolver e dividir os lucros com os outros agentes quando os passes dos jogadores fossem vendidos.

Com a ajuda de cúmplices, Boaventura terá escondido sempre que era o destinatário final do dinheiro que cobrava, de forma a fugir ao fisco e não pagar IRS.

Recorde-se que no livro “A Verdade de Vieira”, o ex-Presidente do Benfica afirma que nunca pagou comissões a César Boaventura: “Ó César, comigo tu nunca trabalhas, nem penses numa coisa dessas. Agarra outro empresário… Agora tu, no Benfica, nunca vais trabalhar comigo“.

O empresário, que está em prisão domiciliária, está assim a ser acusado de cinco crimes de burla qualificada, três de falsificação de documentos, um de fraude fiscal qualificada e um de branqueamento de capitais. Ramiro Viana, José Meira, Ilda Barbosa e Paulo Torres são também arguidos no processo.

ZAP //

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