A empresa do director-geral do Académico de Viseu, Ramiro Sobral, está a processar a SAD do Benfica, reclamando o pagamento de cerca de 1,8 milhões de euros relativos a direitos de formação e mecanismos de solidariedade na transferência de jogadores do clube da Luz.
O processo movido pela empresa Wistfulness, de Ramiro Sobral, actual director-geral do Académico de Viseu, deu entrada no dia 7 de Abril no Juízo Central Cível de Lisboa, conforme avança o jornal A Bola.
Está em causa um contrato de prestação de serviços assinado entre a Benfica SAD e a Wistfulness para que esta empresa tratasse de cobrar os valores relativos aos direitos de formação e ao mecanismo de solidariedade da FIFA, no âmbito da transferência de jogadores do clube com idades entre os 12 e os 23 anos.
A Wistfulness terá tratado da recolha destas verbas em transferências de jogadores que passaram pelo Benfica desde 2009, nomeadamente nos casos relativos a atletas como o argentino Di María e o brasileiro David Luiz, entre outros.
No total, a empresa alega que garantiu aos cofres do Benfica cerca de 17 milhões de euros nestes 10 anos. Deste “bolo” total, a Wistfulness diz que tem direito a 10% de cada direito de formação que foi cobrado.
De acordo com as contas da empresa de Ramiro Sobral, o Benfica deve-lhe 1,8 milhões de euros.
A Wistfulness terá tratado, nomeadamente, dos processos envolvendo as transferências de Di María do Real Madrid para o Manchester United, e depois, do clube inglês para o Paris Saint-Germain (PSG), garantindo à SAD encarnada um encaixe de mais de dois milhões de euros.
Também terá sido a mesma empresa a tratar da recolha de verbas alusivas às transferências de David Luiz do Chelsea para o PSG e depois, novamente, de volta ao clube inglês. Neste processo, terá garantido verbas de mais 2 milhões de euros aos encarnados.