A empresa suíça que gere o gasoduto Nord Stream 2 abriu falência após as sanções aplicadas pelos Estados Unidos e pela Alemanha.
Na semana passada, Olaf Scholz suspendeu o Nord Stream 2 perante o reconhecimento russo da independência das regiões separatistas. Também o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou sanções à Nord Stream 2 AG, a empresa responsável pela gestão do projeto.
A ideia por detrás do Nord Stream 2 foi criar uma rota paralela ao Nord Stream 1, que desde 2011 funciona no fundo do Mar Báltico. O novo gasoduto — que se estende ao longo de 1.230 quilómetros e liga Ust-Luga, na Rússia, a Greifswald, no nordeste da Alemanha — foi concluído em 2021, mas ainda não entrou em funcionamento por ainda não ter sido aprovado pelos reguladores alemães e europeus.
O projeto teria a capacidade de fornecer mais 55 mil milhões de metros cúbicos de gás natural russo por ano à Alemanha, duplicando assim o valor atual.
Agora, a empresa suíça que gere o projeto do gasoduto Nord Stream 2 abriu falência, avança a AFP. A empresa tem estado a trabalhar com um assessor financeiro sobre a contabilidade.
A empresa suíça disse ainda esta terça-feira que teve que rescindir contratos com mais de 140 trabalhadores por causa das sanções dos Estados Unidos.
“Após os recentes desenvolvimentos geopolíticos que levaram à imposição de sanções dos EUA à Nord Stream 2 AG, a empresa teve que rescindir contratos com funcionários. Lamentamos muito este desenvolvimento”, lê-se no comunicado citado pela CNN.
O gasoduto Nord Stream 2 teve um investimento de 9,5 mil milhões de euros.
Segundo a Reuters, o site do jornal suíço Blick publicou uma entrevista com Silvia Thalmann, diretora de assuntos económicos do cantão de Zug, onde a Nord Stream 2 AG está sediada.
Thalmann foi questionada sobre cortes de postos de trabalho na empresa, ao que respondeu: “Isto não é uma demissão em massa. Uma demissão em massa é apenas quando a empresa continua a existir. Neste caso, no entanto, é uma falência”.