A empresa mais antiga do mundo é japonesa – e está no ativo há mais de 14 séculos

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John Dunsmore / Flickr

Templo Shitennō-ji, construído pela empresa japonesa

A Kongo Gumi, uma empresa familiar japonesa especializada na construção de templos, é a firma operacional mais antiga do mundo, com atuação nos últimos 1.443 anos.

Em 578, um renomado construtor coreano chamado Shigemitsu Kongo foi convidado para ir ao Japão pelo príncipe Shōtoku com o objetivo de construir um templo budista no país, conta o Interesting Engineering.

Como o budismo era uma religião nova no Japão, não havia artesãos com capacidade para construir ou liderar o projeto de um templo budista. Assim, Kongo foi contratado para construir o Shitennō-ji – Templo dos Quatro Reis Celestiais -, que hoje ainda existe em Osaka, no Japão.

Na altura, um familiar do Kongo decidiu abrir um negócio que acabou por sustentar a empresa Kongo Gumi. Desde então, a firma é administrada pelos descendentes de Kongo há 40 gerações.

A chave para a longevidade da empresa é o facto do negócio de construção de templos budistas ter-se mostrado de grande credibilidade, gerando 80% da receita da empresa. A firma também constrói santuários espirituais.

Ao longo de 14 séculos de história, e depois de sobreviver a muitos desastres naturais, crises políticas e económicas – e até duas bombas atómicas durante a Segunda Guerra Mundial – a empresa conseguiu manter-se operacional.

Ainda assim, em 2006, Kongo Gumi teve que liquidar os seus ativos devido à difícil situação financeira que a empresa atravessou. Isto porque em 1980, o Banco do Japão (BoJ) suprimiu as taxas de juros, o que causou uma bolha de ativos.

A bolha financeira estourou em 1989 e colapsou os preços dos ativos, sendo que as empresas ficaram com dívidas.

A empresa de Kongo Guni foi uma das que se viu nesta situação. As finanças da empresa sofreram um grande golpe, mas foi possível mantê-la firme por mais de duas décadas.

Mas em janeiro de 2006, como a receita gerada não era suficiente para pagar a dívida, a empresa acabou por se tornar uma subsidiária do Grupo de Construção Takamatsu.

ZAP //

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