MSC Aries foi abordado pelas autoridades de helicóptero e está em águas iranianas. Embaixador em Portugal esclarece o assunto.
O armador ítalo-suíço MSC do navio com pavilhão português foi apresado pela Guarda Revolucionária do Irão.
O incidente ocorreu no sábado passado perto do Estreito de Ormuz, no Golfo Pérsico.
O porta-contentores foi abordado pelas autoridades iranianas de helicóptero e tem 25 tripulantes a bordo – nenhum é português.
Seguiu para águas territoriais do Irão – onde ainda está, segundo o embaixador do Irão em Portugal.
Segundo Seyed Majid Tafreshi, o apresamento “nada tem a ver com a bandeira, é uma questão meramente técnica”.
O embaixador explicou à RTP que a questão técnica é o sistema de identificação automática de navios (AIS): “Parece que estava desligado, houve uma queixa sobre isso”.
Seyed Majid Tafreshi revelou que a tripulação está livre e que não houve qualquer apreensão ou detenção.
Em relação aos tripulantes, asseguram que nunca foram reféns, não estão a ser interrogados e que têm sido bem tratados.
“Porque não? Soube alguma má notícia? Penso que não. Não há maus tratos, não são militares, não agiram contra a paz ou segurança. São pessoas inocentes”, reagiu.
Sobre o ataque do Irão a Israel, o embaixador em Portugal classificou-o como uma “pena” pelo que Israel fez, foi um acto de “legítima defesa”.
“Nos últimos 300 anos o Irão nunca atacou um país. Gostaríamos de conversar esse recorde”, lembrou.
O foco do Irão não é destruir. É mostrar a Israel que tem “poder suficiente” para defender a sua soberania.
Seyed Majid Tafreshi assegurou que o Irão não quer aumentar a escalada do conflito.