Francisco Javier Molina
Investigadores ‘enfiaram’ um drone em 18 grutas das regiões montanhosas de Alicante e descobriram arte rupestre com mais de sete mil anos. Descoberta revoluciona velocidade do estudo da arte rupestre.
Estudo publicado em maio na revista Lucentum, da Universidade de Alicante, determina uma simples e eficaz maneira de contornar as adversidades que o projeto de pesquisa “Arte Rupestre e Paisagens Culturais das Montanhas de Alicante” trouxe à mesa.
Previamente, os investigadores eram obrigados a caminhar por complicados terrenos até às regiões arqueológicas mais remotas. Mas a ideia do principal investigador do projeto e experiente piloto de drones, Javier Fernandez Molina, pode ter facilitado o processo.
Ao fazer voar um drone dentro de um total de 18 cavernas da região, a equipa conseguiu desvendar pinturas pré-históricas que continham gravuras da ravina Castellet e figuras como arqueiros, veados ou cabras.
Esta foi uma das primeiras vezes em que a tecnologia de voo foi usada com tal propósito, com a descoberta a ser um grande passo para acelerar o estudo da arte rupestre.
“A metodologia pode ser aplicada não só na investigação de arte rupestre pré-histórica, mas também nos estudos de herança relacionados com a conservação preventiva, tendo em conta as diferentes ameaças a esta herança como o desenvolvimento urbano, operações nas pedreiras ou atividades recreativas ao ar livre”, escreveram os autores do estudo.
Por enquanto, a equipa está a tentar obter licenças para continuar a usar drones na região e prosseguir com os estudos revolucionários.
