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Eis o “eixo do mal” espacial, capaz de destruir tudo à sua volta

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Domingo Pestana / ESA / Hubble SM4 ERO Team / NASA

Camada de pó espacial com alguns anos-luz de comprimento que se localiza na nebulosa de Carina

A agência espacial norte-americana NASA divulgou uma fotografia que mostra uma enorme camada de pó espacial, com alguns anos-luz de comprimento. E este é o retrato do “eixo do mal espacial”, que lança para o espaço dois potentes fluxos de matéria capazes de destruir tudo à sua volta.

A NASA publicou esta quinta-feira uma imagem, tirada pelo telescópio Hubble, que mostra um pilar de poeira espacial com alguns anos-luz de comprimento. A camada de pó desta nebulosa é formada por ventos e radiação emitidos por uma estrela — uma das mais massivas e quentes da sua nebulosa.

Trata-se da Herbig-Haro 666, uma jovem estrela descoberta em 2004, que tem uma má reputação não só por ter no seu nome “o número do diabo”, mas também porque está constantemente a lançar para o espaço dois potentes fluxos de matéria – capazes de destruir tudo à sua volta.

Por esta razão, a Herbig-Haro 666 é chamada o “eixo do mal” da nebulosa de Carina, assim baptizada no artigo publicado no The Astronomical Journal pelos astrónomos que na altura descobriram a estrela.

ESA / NASA

ESA / NASA

A estrutura encontra-se numa região que dá origem às maiores estrelas da nossa galáxia, a nebulosa Carina, que brilha nos céus do sul à distância de 7.500 anos-luz. O perfil em camadas do pilar é formado por ventos e radiação emitidos por esta estrela — uma das mais massivas e quentes da nebulosa.

Para analisar melhor a sua composição espacial, os astrónomos investigaram-na com luz infravermelha, que consegue penetrar as camadas de pó – e assim revelar os imponentes contornos do “eixo do mal” do espaço.

Os objectos de Herbig–Haro, como este, são pequenas áreas de nebulosidade associados a estrelas recém nascidas, formadas quando o gás ejectado por estrelas jovens colide com nuvens de gás próximas a velocidades de milhares de km/s.

Os objectos HH são omnipresentes em regiões formadoras de estrelas, e são observados frequentemente próximo de uma única estrela, alinhados com o seu eixo rotacional. Nem todos, no entanto, têm o poder destrutivo do HH-666, o eixo do mal de Carina.

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