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Beyoncé tem um efeito inesperado na inflação da Suécia

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Nat Ch Villa / Wikimedia

A cantora Beyoncé é o novo alvo dos banqueiros como a “culpada” pela alta inflação que assola a Suécia. Os concertos da cantora neste país contribuíram para manter os níveis de preços em alta.

Mais de 40.000 fãs de Beyoncé foram ver a artista, no mês passado, nos dois concertos que inauguraram a sua digressão mundial “Renaissance” em Estocolmo, na Suécia.

Os bilhetes esgotaram para ambos os concertos e levaram a um aumento nos preços dos hotéis e demais alojamentos na cidade. Isso contribuiu para aumentar a inflação em 0,2 pontos percentuais, como analisa o economista-chefe do Danske Bank na Suécia, Michael Grahn, citado pelo Financial Times (FT).

Na Suécia, a inflação foi de 8,2% em Maio passado, ficando acima dos 7,8%, ou dos 8,1% esperados, conforme diferentes previsões.

O “efeito Beyoncé” acrescentou, “pelo menos, 0,2 pontos percentuais à taxa nominal”, atesta Grahn, frisando que a cantora norte-americana é “responsável pela surpresa extra deste mês”.

“Podemos ver isso através dos preços dos bilhetes na Suécia, para este tipo de eventos, que aumentaram cerca de 6% mês a mês”, analisa ainda Grahn citado pelo FT, sublinhando que a presença de Beyoncé em Estocolmo fez aumentar os preços dos hotéis “em média 12%, em Maio”.

“É bastante surpreendente para um único evento. Nunca vimos isto antes“, salienta o economista-chefe do Danske Bank na Suécia.

Muitos norte-americanos aproveitaram os benefícios do câmbio, com a moeda sueca mais fraca do que o dólar, para comprarem bilhetes significativamente mais baratos para verem Beyoncé em Estocolmo, o que aumentou a procura por alojamento na cidade.

Os preços para os concertos na capital sueca rondaram os 60 a 160 dólares (55 a 148 euros), enquanto que, nos EUA, os ingressos em algumas cidades estarão entre os 91 e os 689 dólares (84 a 638 euros)  – ou mais!

O chefe de previsões do Swedbank, Andreas Wallström, já está preocupado com o próximo grande concerto na Suécia, mais precisamente em Gotemburgo, com Bruce Springsteen, receando que se volte a verificar um “efeito” semelhante ao provocado por Beyoncé.

A cantora não tem agendado nenhum concerto para este ano em Portugal, país que não integra a sua digressão mundial – o que, neste caso da inflação, pode ser uma boa notícia.

Susana Valente, ZAP //

1 Comment

  1. Salvo honrosas excepções, é o MAL dos ECONOMISTAS: analisam e/ou comentam o lado q/mais lhes convém e só vêm com UM OLHO (vá-se lá saber qual!!!). E e a riqueza q/geram ESTE e outro tipo de eventos , não interessa nada – certo? Lojas, restaurantes e hoteis q/se calhar nem a 1/3 da ocupação estavam?!?!?! Que tristeza/probreza de espírito! “Para bom entendedor………….”

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