Esta terça-feira, a Estação Espacial Internacional realizou uma “manobra de evasão” para evitar ser atingida por um pedaço de lixo espacial.
Controladores de voo russos e norte-americanos terão trabalhado em conjunto para mover a Estação Espacial para outra orbita e evitar a colisão. Para isso, usaram os propulsores de uma nave de carga russa, Progress, que está ancorada à estação, anunciou a NASA.
Durante a manobra, a equipa de astronautas da Expedition 63 abrigou-se perto da nave Soyuz MS-16 – que a trará de volta à Terra no próximo mês – para facilitar a evacuação, caso fosse necessário.
“Por causa da tardia notificação, os três membros da Expedition 63 foram direcionados para um segmento russo da estação, com o objetivo de ficarem mais próximos da nave Soyuz MS-16, por precaução. A equipa nunca esteve em perigo”, podia ler-se no anúncio partilhado pela agência espacial.
A Estação Espacial Internacional encontra-se a cerca de 400 quilómetros de altitude, o que significa que os materiais se deslocam a cerca de 28 mil quilómetros por hora, dez vezes mais rápido do que uma bala – a esta velocidade, uma colisão com um pedaço pequeno de lixo espacial pode causar estragos graves na estação.
Daí a manobra executada esta terça-feira. Durante 150 segundos, os propulsores foram ativados e subiram a Estação Espacial para outra órbita, evitando a trajetória prevista do pedaço de lixo espacial – que passaria a cerca de 1,39 quilómetros -, reporta o Space.com.
“Manobra completa. Os astronautas estão a sair do local de refúgio”, partilhou na rede social Twitter Jim Bridenstine, administrador da NASA.
As manobras efetuadas para evitar a colisão com lixo espacial são bastante comuns, sendo esta a terceira realizada este ano, afirmou ainda Bridenstine, que alerta para o facto de o lixo espacial ser cada vez mais.
De acordo com a Agência Espacial Europeia, o lixo espacial é um problema crescente na órbita da Terra, com quase 129 milhões de detritos no espaço, dos quais 34 mil têm mais de dez centímetros.