Educadora suspeita de maus-tratos aterroriza crianças ao forçar entrada no infantário

6

Educadora do Jardim de Infância EB0, em Tondela terá forçado a entrada. Crianças começaram a chorar quando a viram. Encarregados temem que a suspeita volte ao trabalho como se nada se tivesse passado”.

Suspensa pelo Ministério da Educação, em abril, por suspeitas de maus-tratos físicos e psicológicos a crianças dos três aos seis anos, uma educadora do Jardim de Infância EB0, em Tondela não terá aceitado as condições de proibição da sua presença no infantário.

De regresso ao trabalho esta segunda-feira por ordem do Agrupamento de Escolas — uma vez que o prazo de suspensão preventiva de 90 dias terminou antes que o inquérito da Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) chegasse ao fim — a docente de 60 anos terá mesmo forçado a entrada no Jardim de Infância, que funciona com um código, avança o JN.

A coordenadora da creche e a Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGESTE) foram alertadas e a docente encontra-se a fazer trabalho administrativo na sede do agrupamento.

As crianças do estabelecimento escolar, que terão sido forçadas a despirem-se e impedidas de comer pela alegada agressora, brincavam no espaço exterior e ficaram em pânico quando a funcionária chegou. “Algumas começaram a chorar. Foram alvo de maus-tratos por essa mulher e viram-na regressar”, terá dito um dos pais ao JN.

Pais exigem explicações: “ninguém nos responde”

Outra mãe revoltada com a situação afirmou que os pais, preocupados, já solicitaram explicações a todas as entidades competentes, entre as quais o DGESTE, Ministério Público e Ministério da Educação. ” Ninguém nos responde”, confessa.

Sem compreender como é que um prazo de suspensão termina antes do inquérito, a meio da inspeção à docente, os encarregados de educação temem pela segurança dos filhos, enfrentados pela possibilidade de regresso da docente à escola “como se nada se tivesse passado”.

Ainda a “aguardar” conclusões do processo disciplinar instruído pela Inspeção-Geral da Educação e Ciência, o Ministério da Educação confirma ao JN que terminou o prazo de suspensão preventiva da docente e informa que a mesma “entra em período de férias na próxima semana”. Até lá, “está a desenvolver tarefas administrativas na escola sede do Agrupamento de Escolas conforme determinado pela diretora e sem contacto com crianças”.

O castigo era “começarem-se a despir”

A mulher foi alvo, em abril, de um processo disciplinar na sequência de várias queixas de pais.

Na própria sala, segundo se consta, o castigo é começarem-se a despir. Primeiro descalçam-se, depois tiram meias e calças, até ficarem em cuecas. Não podem ir à casa de banho se tiverem vontade”, relata uma mãe, em anonimato, à TVI.

A mãe falou ainda de castigos em que as crianças passavam “horas antes da refeição” em filas, nas quais “tinham de estar muito quietinhos”.

Há cinco anos, a docente já tinha sido retirada à força da escola pelo INEM e GNR local para internamento compulsivo.

ZAP //

6 Comments

  1. “o castigo é começarem-se a despir” se fosse um homen já estaria preso, acusado de abuso sexual e a receber ameaças de ficar sem os colhões… As mulheres têm muitas mais regalias e privilégios.

  2. Não tem a ver com o facto de ser ou não mulher, tem a ver com um crime público!!!! E não chamaram as autoridades porquê?
    Se forçou a entrada, então, não tinha autorização para tal. Os funcionários só tinham que a por na rua e chamarem a policia. Em causa está o supremo bem estar das crianças, e isso, é o mais importante de tudo!

  3. Esplêndido ……… depois do que consta , permanece en funções no Estabelecimento . Se lhe der na macacoa algum ato de vingança , quem será responsável en tê-la readmitido ?

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.