De tetos desabados a ratos e infiltrações, os edifícios administrativos do Estado estão “a cair aos bocados” e com trabalhadores cada vez mais envelhecidos.
Funcionários administrativos do Estado denunciaram ao Expresso as condições inóspitas em que alguns deles trabalham. O semanário reuniu os depoimentos de funcionários públicos que falam em “salas sem luz natural nem ventilação, infiltrações e mofo, tetos e elevadores que já caíram, baratas, ratos e outros bichos que mordem os funcionários”.
O retrato pintado não se fica por aqui. Entre outros problemas, fala-se ainda de agressões verbais, tentativas de suicídio no local de trabalho, computadores com mais de 15 anos e equipamento novo que se avaria poucos dias depois.
O Expresso escreve até que alguns serviços correm “o risco de desaparecer” nos próximos anos, devido ao ritmo de reformas e saídas.
Os setores dos oficiais dos registos e notariado, e dos funcionários judiciais, são dos mais envelhecidos. Quanto ao primeiro, há duas décadas que não entram novos funcionários. No caso dos funcionários judiciais, 100 vagas não foram preenchidas no último concurso, aberto em 2019.
Há um mês, uma estrutura de metal caiu do terceiro andar no Tribunal de Sintra. Em agosto, nas Finanças de Vila Nova da Gaia, parte do teto desabou por cima do lugar de um funcionário. No Tribunal do Seixal, os trabalhadores comem no mesmo local onde atendem os cidadãos, descreve o Expresso.
O semanário conta ainda que, em vários edifícios do Estado espalhados pelo país, “há cadeiras partidas, salas sem piso, elevadores sem manutenção, que colapsam, problemas de esgotos”.
Esta semana, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos condenou o Estado português a pagar cerca de 26 mil euros a dois cidadãos, um português e um letão, que se queixaram das condições desumanas e degradantes nas prisões onde estão detidos.
Investimento nunca foi com este governo. Dinheiros no cofre, isso sim, sempre foi a grande preocupação. E ainda têm a lata de vir com a lengalenga das “contas certas”. Então no tempo de Sócrates, o PS era de “contas erradas”!
Consequências da falta de manutenção.
A falta de funcionários públicos é fácil de resolver, basta repor nos requisitos de admissão a escolaridade de acordo com a data de nascimento, dar automaticamente prioridade aos cidadãos que cumpriram Serviço Militar, simplificar o processo de candidatura via Internet, e realizar testes psico-técnicos (como antes se fazia e deve-se fazer) em vez disto: «…Prova de Conhecimentos incidirá sobre conteúdos de natureza específica na área do posto de trabalho colocado a concurso…».
São os testes psico-técnicos que determinam se o candidato(a) tem perfil para ser funcionário público.