O edifício é o novo projeto da NEOM, uma empresa presidida pelo príncipe saudita e usaria apenas energias renováveis. Cerca de nove milhões de pessoas viverão n’A Linha.
As autoridades da Arábia Saudita revelaram um plano para um projeto de arquitetura tão ambicioso que é difícil de acreditar que se pode concretizar.
No âmbito do projeto NEOM, o país quer construir um edifício chamado A Linha que teria 170 quilómetros de comprimento. Sim, leu bem: 170 quilómetros, quase tão comprido como a distância de Lisboa a Coimbra.
E mais, o plano é que nove milhões de pessoas possam viver na torre, quase tantas como toda a população portuguesa. A Linha ficaria no noroeste da Arábia Saudita, perto do Mar Vermelho e no meio do deserto.
Ainda não se sabe quem está por trás do desenho o edifício, mas é provável que seja a Morphosis, que anteriormente já foi responsável pela criação de torres com design inovador, escreve a New Atlas.
O edifício teria uma altura de 500 metros e 200 metros de largura e terá um aspeto vidrado e refletivo.
Lá dentro, haverá casas, escolas e parques empilhados, segundo os planos da NEOM, uma empresa presidida pelo príncipe saudita Mohammad bin Salman que está a trabalhar na criação de uma cidade na província de Tabuk, que vai incorporar tecnologias de cidades inteligentes.
“A Linha irá, no final, acomodar nove milhões de residentes e será construída numa pegada de 34 quilómetros quadrados, o que é inédito quando se compara com cidades com uma capacidade semelhante. Isto vai reduzir a pegada da infraestrutura e criar uma eficiência nunca antes vista nas funções de uma cidade. O seu clima ideal ao longo de todo o ano garante que os residentes possam desfrutar da natureza à sua volta”, lê-se no comunicado da NEOM.
A empresa garante que o projeto surge de uma “nova abordagem ao design urbano” chamada “Urbanismo de Gravidade Zero” que cria camadas verticais com as funções da cidade e “dá às pessoas a possibilidade de se moverem sem problema em três dimensões (para cima, para baixo, ou através)”, podendo “chegar a todos os lugares que precisam em apenas cinco minutos”.
E se tudo isto ainda não parece ambicioso o suficiente, o edifício também funcionaria 100% à base de energias renováveis, apesar de ainda não se saber mais detalhes sobre como esta seria gerada. As imagens do projeto mostram também que teria espaços verdes no telhado.
Ainda não há datas para o arranque da construção nem previsões para quando estará concluída, e é provável que ainda tenhamos de esperar bastante tempo para ver A Linha já pronta dada a complexidade do projeto.
No ano passado, a NEOM também anunciou que ia avançar com a construção do maior complexo industrial flutuante do mundo, o OXAGON, que também dependeria totalmente de energias limpas.
Tão modernos e tão atrasados!…