Quarta-feira, o duque e a duquesa de Sussex participaram num vídeo polémico, no qual apelaram aos eleitores americanos para rejeitarem “os discursos de ódio, a desinformação e o pessimismo online.”
Atualmente a viver nos Estados Unidos com o Príncipe Harry, Meghan referiu-se à corrida presencial como “a eleição mais importante da nossa vida“, enquanto o casal apelava aos americanos para exercerem o seu direito ao voto, num vídeo da revista Time.
“Nesta eleição não estou elegível para votar nos EUA. Mas muitos de vocês podem nem saber que eu não pude votar no Reino Unido durante a minha vida toda. À medida que nos aproximamos de novembro, é vital rejeitarmos os discursos de ódio, a desinformação e o pessimismo online”, acrescentou Harry, referindo-se às eleições presidenciais daquele país, que têm data marcada para o dia 3 de novembro.
O casal não apoiou nenhum candidato em específico, mas os seus comentários foram interpretados como um apoio à candidatura de Joe Biden, em detrimento de Donald Trump. Antes de pertencer à família real britânica, Meghan não escondia a sua opinião sobre Trump, que considerava “misógino”.
Um porta-voz da família real disse que o duque “não é um membro trabalhador da família real e quaisquer comentários que faça são a título pessoal.” No entanto, uma fonte do Palácio de Buckingham disse que Harry “cruzou a linha”, de acordo com o Times.
Joe Little, o editor-chefe da revista Majesty, disse ser compreensível que Meghan se envolva no assunto, como cidadã americana, apesar de pertencer à família real britânica. Por outro lado, Little considera que as pessoas irão criticar muito mais o Príncipe Harry porque “como um príncipe de sangue, não é bem visto que fale sobre política, seja britânica ou americana.”
“Ele pode estar a milhares de quilómetros de distância, mas ainda é um membro da família real, o neto da rainha, e é algo que não faria se ainda estivesse no Reino Unido”, rematou.
No vídeo, Meghan alertou os cidadãos americanos: “Faltam apenas seis semanas para as eleições e hoje é o Dia Nacional de Registo de Eleitores. A cada quatro anos ouvimos o mesmo, que esta é a eleição mais importante da nossa vida. Mas esta é mesmo.”
Sobre o pessimismo online, Harry disse que “quando o mal supera o bem” isso corrói a capacidade de sentir compaixão e de “nos pormos no lugar dos outros”. “É hora, não só de refletir, mas também de agir“, atirou o membro da família real britânica.
De acordo com o The Guardian, uma fonte próxima de Harry defendeu o casal, dizendo que o príncipe não se referia a Trump ou a qualquer outro candidato, mas que falava apenas do “tom do debate na corrida para uma eleição que já é bastante febril.”
“Ele não está a falar de nenhum candidato ou campanha em específico. Está apenas a falar com base no que disse anteriormente sobre comunidades online, como nos relacionamos com os outros na Internet, e não a falar especificamente de questões políticas”, concluiu.
Perante o vídeo dos Duques de Sussex, um repórter pediu ao presidente dos Estados Unidos que comentasse a mensagem partilhada. “Não sou fã da Meghan. Já disse isso – e ela provavelmente ouviu – mas desejo muita sorte ao Harry, porque ele vai precisar”, respondeu Trump.