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Descobertos dois esqueletos misteriosos em capela da Torre de Londres

Bob Collowân / Wikimedia

Torre de Londres, Inglaterra

Foram encontrados dois esqueletos, que provavelmente foram enterrados entre 1450 e 1550, perto da Capela Real de São Pedro ad Vincula, na Torre de Londres.

A Torre de Londres é talvez um dos pontos turísticos mais populares de Inglaterra e já teve vários propósitos durante a história desta nação, desde depósito de armas, sede da Casa da Moeda ou casa das Joias da Coroa Britânica.

Durante vários anos, foi também uma prisão na qual estiveram e acabaram por morrer figuras ilustres, como é o caso de Anne Boleyn, segunda esposa do Rei Henrique VIII, e Thomas More, “Lord Chancellor” (“Chanceler do Reino”) do mesmo monarca.

Agora, depois de 950 anos de história, foram encontrados dois esqueletos intactos — um de uma mulher que morreu com cerca de 40 anos e um de uma criança de sete anos — em duas campas perto da Capela Real de São Pedro ad Vincula, no interior do complexo.

De acordo com o Live Science, tratam-se dos dois primeiros esqueletos encontrados desde a década de 70 e os primeiros a terem os seus ossos analisados na totalidade por um osteoarqueólogo.

A análise dos restos mortais revelou que ambas não tinham uma vida fácil, tendo pertencido provavelmente à classe pobre e trabalhadora. De acordo com Alfred Hawkins, curador da Historic Royal Palaces (organização sem fins lucrativos responsável pela torre), a descoberta sugere que a Torre de Londres não era apenas um lugar onde os traidores acabavam por morrer, mas também um local de enterro para muitas das pessoas comuns que lá moravam e trabalhavam.

No exterior da entrada principal da capela, os investigadores descobriram os restos daquilo que parecia ser uma capela ainda mais antiga, incluindo um piso medieval. Era lá que estavam dois túmulos com os esqueletos agora encontrados, deitados de costas, com os pés voltados para leste, típico de um enterro cristão.

A mulher adulta parece ter sido enterrada num caixão, enquanto a rapariga parece ter sido simplesmente envolvida numa mortalha antes de ser colocada para descansar. Esses costumes eram típicos do período medieval tardio e do início do período Tudor, sugerindo que os esqueletos foram enterrados entre 1450 e 1550, em algum momento entre a Guerra das Rosas e o reinado de Eduardo VI (filho de Henrique VIII).

Uma análise dos ossos revelou ainda que ambos mostravam sinais de doença no momento da morte e que a mulher mais velha provavelmente apresentava dor crónica nas costas. Não havia sinais de morte violenta.

ZAP //

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