O “divórcio do sono” é cada vez mais recorrente. Mas será que lhe vai dar mais descanso?

Problemas como insónias, horários distintos ou o ressonar podem prejudicar os dois elementos do casal — com consequência para a relação de ambos.

Os utilizadores do TikTok estão confusos. Por um lado, acham maravilhoso dormir com os seus parceiros e acordar ao lado daqueles que mais amam. Por outro, estão fartos do ressonar, dos lençóis roubados a meio de uma noite fria ou de um despertador (que não o seu) a tocar a horas que não precisam de acordar.

Como tal, estão a expor os seus problemas na hashtag #sleepdivorce (divórcio do sono) e a tentar perceber se a opção de dormir em camas separadas é viável e proveitosa. De acordo com a CBS News, o movimento já foi consultado por mais de 355 mil pessoas.

De acordo com os especialistas, pode mesmo haver vantagens em dormir em camas separadas. “Os estudos mostram que quando um elemento do casal tem um distúrbio de sono, este pode afetar negativamente o sono da outra pessoa. Por exemplo, os parceiros tendem a acordar ao mesmo tempo quando um dos elementos do casal tem insónias”, descreve Erin Flynn-Evans, consultora da Academia Americana da Medicina do Sono.

Um fenómeno semelhante acontece quando os padrões de sono dos indivíduos diferem no cronotipo. Por exemplo, quando um gosta de se deitar tarde e dormir manhã fora e o outro acorda com os primeiros raios de sol. Nestes casos, o sono de ambos é prejudicado.

Por outro lado, notam também os especialistas, dormir com o parceiro pode ajudar no diagnóstico de perturbações, como resultado das queixas da outra pessoa. Neste processo, é importante que os elementos do casal sejam honestos um com o outro, desta forma, a resolução dos problemas torna-se mais fácil.

“Se uma das pessoas está a ressonar e a mexer-se, é inevitável que acabe por perturbar o parceiro. O mesmo acontece quando um tem que se levantar às quatro da manhã para ir trabalhar ou usar a casa de banho várias vezes por dia”, aponta Daniel Shade, especialista do sono na Rede de Saúde Allegheny. Segundo o próprio, há outros fatores a considerar, como as preferências em luz, temperatura ou até o uso de TV.

Mas, para que não restem dúvidas, caso não haja problemas de sono, o melhor mesmo é dormir com o seu mais que tudo — palavra de especialista.

“Os corpos humanos libertam ocitocina, outro tipo de químicos frequentemente chamados ‘hormonas do amor’ que nos dão uma sensação de bem-estar e proximidade à pessoa amada”, destaca Shade.

ZAP //

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