A associação das empresas de distribuição, a APED, argumenta que algumas medidas do estado de emergência podem ter “custos incalculáveis para o emprego e para o país”.
Em carta aberta ao primeiro-ministro, a associação das empresas de distribuição, a APED, critica algumas das medidas impostas pelo Governo para o novo estado de emergência, nomeadamente a limitação de horários. A APED alerta que medidas como esta podem trazer “custos incalculáveis para o emprego e para o país”.
Assim, a associação pede que se retire a limitação horária e que se aumente “o rácio de 5 para 10 pessoas por 100 m2 de forma a dar fluidez à circulação de clientes, situação que, aliás, tem o acordo da DGS”.
“A limitação de horários apresentada para o retalho não alimentar é fator perturbador do bom funcionamento dos espaços comerciais”, escreve a APED, citada pelo Observador. Isto porque contribui para que as compras de natal sejam feitas em horários reduzidos, contribuindo para “provocar ajuntamentos de pessoas à porta das lojas, precisamente aquilo que se quer evitar, situação que acontece hoje com o setor do retalho especializado que foi literalmente fustigado desde o inicio da pandemia”.
A associação sugere que nos casos do retalho especializado se autorize o chamado click and collect, permitindo às pessoas deslocarem-se a um ponto de recolha em segurança para levantar uma encomenda.
“Num período particularmente difícil para o país é fundamental que o ecossistema continue a funcionar. O setor do retalho tem demonstrando uma enorme capacidade de resiliência e inovação para fazer face às adversidades e para manter os mais de 130.000 postos de trabalho pelos quais é responsável, dando um contributo decisivo à indústria e para que toda a cadeia de valor esteja ativa”, diz a APED.
“Os nossos espaços comerciais são lugares seguros, onde há confiança por parte dos colaboradores e consumidores e onde as pessoas não convivem, usam máscaras e têm um objetivo: ir às compras no menor tempo possível e em segurança”, acrescenta a associação.
Mais uma vez, o Pingo Doce!…