Mais um? A Disney não para de fazer remakes e Moana é o que se segue

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A animação Moana – Um Mar de Aventuras foi um sucesso de bilheteria, arrecadando mais de 645 milhões de dólares em todo o mundo e recebido uma nomeação para o Oscar de melhor filme de animação.

O ator Dwayne Johnson anunciou esta semana que uma versão live action do filme de animação Moana – Um Mar de Aventuras (2016), da Disney, está a ser produzida. A estrela norte-americana, conhecido como The Rock, revelou o projeto em um vídeo gravado em uma praia da ilha O’ahu, no Havai, ao lado das filhas.

Johnson, que deu voz ao semideus Maui no filme de animação, escreveu no Twitter que estava “profundamente grato” por ajudar a reproduzir a “bela história de Moana”. A atriz que representou a personagem de Moana na versão original, Auliʻi Cravalho, também fará parte, tendo partilhado um link para um artigo da revista Deadline, onde se pode ler que ela e Johnson vão ainda exercer funções como produtores executivos do projeto.

Gravado na ilha polinésia de Motunui, Moana conta a história de uma adolescente aventureira, que embarca numa ousada missão para salvar seu povo, com a ajuda de Maui. Fazendo referência à história de seus próprios ancestrais, Johnson acrescentou: “Esta história é minha cultura e é emblemática, mana (conceito polinésio relacionado à força espiritual) e força guerreira do nosso povo.”

No vídeo, publicado na noite de segunda-feira (03/04), Johnson explicou que “o espírito do falecido avô, o chefe supremo Peter Maivia” o “inspirou” a dar vida ao personagem. O ator também disse sentir-se “honrado” pela oportunidade de trabalhar com a Disney novamente para “contar nossa história por meio do reino da música e da dança, que é na essência quem somos como povo polinésio”.

A animação Moana – Um Mar de Aventuras foi um sucesso de bilheteria, arrecadando mais de 645 milhões de dólares em todo o mundo e recebido uma nomeação para o Oscar de melhor filme de animação. No entanto, passados apenas sete anos depois do lançamento do filme original, o remake fez alguns fãs questionar-se se a Disney não estaria “a ir rápido demais“.

Por que há tantos remakes da Disney?

Desde a década de 2010, deve ter reparado que a Disney refez uma série de versões dos seus clássicos animados, usando atores de carne e osso — e fazendo sucesso nas bilheterias. Remakes de Alice no País das Maravilhas, A Bela e o Monstro, Aladdin e o Rei Leão arrecadaram mais de mil milhões de dólares.

Há ainda muitos outros remakes em produção, nomeadamente Hércules, Peter Pan & Wendy e Mufasa – O Rei Leão, focado na história do pai de Simba.

Agora, no entanto, com títulos mais recentes como Moana e Lilo & Stitch, estamos a começar a ver o mesmo modelo a ser aplicado a produções do século XXI, de acordo com a crítica de cinema Helen O’Hara. “Acho que Moana foi um ótimo filme, foi um sucesso de bilheteria, e tem duas estrelas incrivelmente carismáticas que ainda estão na idade certa e com a aparência certa para voltar e interpretar os mesmos novamente”, disse à BBC News.

“Então, nesse sentido, entendo o apelo de fazer agora, mas é inusitado porque é um intervalo muito mais curto entre o filme de animação e o remake de live action do que já vimos anteriormente.”

O’Hara acredita que a maioria dos remakes de live action, na verdade, não precisa de existir, mas afirma que alguns dos melhores ao longo dos anos — como Cinderela, Mogli – O Menino Lobo e Dumbo — acrescentaram genuinamente algo às versões originais. E embora a principal motivação para o negócio seja, sem dúvida, o dinheiro, a crítica de cinema enfatiza, os criadores envolvidos geralmente querem fazer o melhor filme possível.

“Há duas coisas diferentes a acontecer: as pessoas que tomam as decisões e dão o sinal verde só veem o dinheiro. As pessoas que fazem os filmes — os diretores, produtores, roteiristas, o elenco — almejam com frequência criar algo grandioso, acho, em todas as vezes que se propõem”, explica.

“Eles querem fazer uma live action de Moana ou uma live action do Rei Leão, ou qualquer uma que seja, incrível.”

“Mas os executivos do estúdio definitivamente tomam decisões com base no dinheiro, e essas decisões são tomadas com base num nome conhecido do público, o que as pessoas vão ver no cinema? E as pessoas vão ao cinema para ver The Rock, as pessoas vão ao cinema para ver a Moana, então essa é o cálculo que eles estão a fazer.”

Além de render muito dinheiro, apostar em remakes, sequências e trilogias mais seguras permite à Disney — uma empresa que está a demitir funcionários depois da queda no número de assinantes do seu serviço streaming, Disney+ — assumir riscos em outros projetos.

Alguns dos remakes também permitiram que os cineastas contassem as histórias a partir de diferentes perspectivas e de diferentes formas para o público moderno. Malévola, por exemplo, recontou a história da Bela Adormecida sob o ponto de vista da vilã. E Halle Bailey, a estrela do remake de A Pequena Sereia, emocionou-se com os vídeos da alegria das crianças, sobretudo as meninas, ao verem ao trailer do filme com uma atriz negra da Disney que se parecia com elas.

Apesar do grande sucesso comercial, os remakes da Disney não deixaram de receber críticas. No ano passado, o estúdio teve que responder às críticas feitas por Peter Dinklage, ator de Game of Thrones, sobre a adaptação live action de Branca de Neve e os Sete Anões. Dinklage, que tem uma forma de nanismo chamada acondroplasia, disse que o remake do filme de animação de 1937, baseado na história dos irmãos Grimm, era “retrógrado“.

A Disney disse que iria “evitar reforçar os estereótipos do filme de animação original”.

Agora que a Walt Disney Company está prestes a completar 100 anos, o legado também é um problema, já que alguns de seus filmes clássicos estão a aproximar-se da data de validade dos direitos de autor.

Mas a estratégia da empresa em relação aos remakes de live action, acredita O’Hara, tem menos a ver com estender os direitos autorais — algo que, de qualquer maneira, não se renova automaticamente ao fazer algo com o mesmo nome —, e mais a ver com tirar o máximo proveito de cada produto.

“Acho que houve uma discussão sobre isso em relação ao rato Mickey, por exemplo, porque os direitos de autor dele estão a expirar e, obviamente, já vimos neste ano o que aconteceu quando o Winnie the Pooh perdeu os direitos de autor”, observou a crítica de cinema.

“Mas os filmes que atualmente na lista, como A Pequena Sereia ou Hércules, têm apenas 20 ou 30 anos, então não há dúvida de que esses ainda não entram nesta equação. E, obviamente, algo como Moana ou Lilo & Stitch, esses ainda têm anos e anos pela frente.Não acho que se trate tanto disso, mas sim de tirar o máximo proveito das ideias que eles têm e das ideias pelas quais as pessoas os conhecem”, avalia.

“Porque se tiverem sucesso com o remake de live action, depois pode ter uma sequência desse mesmo remake de live action. Então, talvez renda dois ou três filmes, e não apenas um.”

ZAP // BBC Brasil

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2 Comments

  1. Disney é sinônimo de misandria e de discriminação de maiorias, por isso está na falência!.. havia de cair mêsmo esse esterco misandrico!..
    Vê se a Marvel.. milhões de prejuízo por causa do feminazismo!..
    Lixo misandrico, assim como o zap!.. mas este tem a censura esquerdopata junta!..

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