Diretor de imprensa do FC Porto apresenta queixa-crime contra Frederico Varandas

Mário Cruz / Lusa

O presidente do Sporting, Frederico Varandas

O diretor de imprensa do campeão nacional de futebol FC Porto avançou com uma queixa-crime no Tribunal Judicial da Comarca do Porto contra o presidente do Sporting, Frederico Varandas, a SAD, o clube e funcionários dos ‘leões’.

Fonte dos ‘dragões’ confirmou esta segunda-feira à agência Lusa a existência de uma participação criminal por parte de Rui Cerqueira, que acusou os visados de terem prestado declarações falsas perante autoridades e instituições, tendo juntado ainda um pedido de indemnização civil.

Em causa estão os incidentes observados no final do ‘clássico’ entre FC Porto e Sporting (2-2), da 22.ª jornada da edição 2021/22 da I Liga, em 11 de fevereiro, que levaram os ‘leões’ a anunciar a intenção de apresentar uma queixa-crime contra Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, Vítor Baía, vice-presidente e administrador da SAD portista, e Rui Cerqueira por “agressões verbais e tentativas de agressão física” a Varandas.

No dia seguinte ao jogo, os lisboetas precisaram em comunicado que “os três elementos, rodeados de vários seguranças, efetuaram uma espera” a Varandas, quando este se deslocava para o autocarro da equipa, e que “Rui Cerqueira abalroou de forma violenta o presidente do Sporting, retirando-lhe da mão a carteira com telemóvel, cartões pessoais de identificação e cartões de crédito, e colocando-se de imediato em fuga”.

O clube de Alvalade comunicou que faria uma participação disciplinar, “com vista à interdição do Estádio do Dragão”, devido às “agressões a jogadores do Sporting por elementos estranhos ao recinto de jogo, e que estão documentadas em imagens”.

Já o FC Porto desmentiu “quaisquer agressões” e repudiou uma “patética vitimização” de Varandas, responsabilizando-o pelos desacatos, face a uma alegada “atitude provocatória e insultuosa desde o primeiro ao último minuto da sua visita ao Dragão”.

Numa nota publicada nas redes sociais em 13 de fevereiro, Rui Cerqueira considerou serem “torpes e falsas” as acusações, declarando ser “forçado a desencadear processos judiciais” contra quem “imputa factos que bem sabem não corresponderem à verdade”.

Em 14 de junho, já depois da conclusão da última época, os processos instaurados pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol sancionaram o diretor de imprensa do FC Porto e Vítor Baía com 115 e 25 dias de suspensão, respetivamente, e a SAD portista com uma multa de 16.320 euros, enquanto Sérgio Conceição foi absolvido.

Quando faltavam 12 jornadas para o fim do campeonato, o então líder FC Porto manteve os seis pontos de avanço sobre o Sporting, segundo colocado. O ‘clássico’ ficou marcado por desacatos entre jogadores e elementos das duas equipas dentro e fora do relvado.

À parte das suspensões e coimas decorrentes desses incidentes, o “arremesso de objeto sem reflexo no jogo” e a “inobservância qualificada de deveres” motivaram dois jogos de interdição do Estádio do Dragão ditados em 19 de julho pelo órgão disciplinar federativo.

O FC Porto assegurou que ia “convictamente recorrer e reverter” a sanção, que se devia “apenas e só ao comportamento de elementos que não pertencem à estrutura” do clube, com o Tribunal Arbitral do Desporto a aceitar uma providência cautelar em 01 de agosto.

Essa decisão suspendeu a medida do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, cuja entrada em vigor 15 dias após o seu anúncio iria afetar a presença de público nas receções dos ‘dragões’ ao Sporting, na terceira ronda da edição 2022/23 da I Liga, em 20 de agosto, e ao Desportivo de Chaves, da sexta, em 10 ou 11 de setembro.

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