Diretor do Serviço de Otorrinolaringologia do Sta. Maria apresenta queixa-crime contra sindicato

Leonel Luís, diretor do serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Santa Maria, em Lisboa, entregou ao Ministério Público uma queixa-crime contra a direção do Sindicato dos Médicos da Zona Sul e contra cinco colegas. Em causa está o que o diretor clínico considera ser uma “campanha difamatória”.

O diretor do serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Santa Maria, em Lisboa, entregou no Ministério Público uma queixa-crime por difamação e denúncia caluniosa contra a direção do Sindicato dos Médicos da Zona Sul e contra cinco colegas otorrinolaringologistas.

Na queixa, a que a agência Lusa teve acesso, o médico Leonel Luís considera que a direção do Sindicato divulgou vários comunicados que “representam um atentado” ao seu bom nome, à sua honra e à sua imagem e credibilidade.

O sindicato considerou ilícita a sua nomeação e deu a entender que Leonel Luís foi nomeado “por ajuste direto”, sem ter qualificações suficientes e aludindo a “mecanismos clientelares e comissariado político” nalgumas situações no serviço de otorrino, situação que o diretor considera ser uma campanha difamatória.

“Não pode o queixoso assistir, impávido e sereno, a todo este empreendimento do Sindicato dos Médicos da Zona Sul com vista ao desmoronamento de uma carreira profissional que com tanto esforço tem vindo a construir”, refere a queixa entregue em janeiro ao Ministério Público.

A queixa tem por base comunicados do Sindicato que acabaram por ser divulgados nalguns órgãos de comunicação social. O diretor do serviço de Otorrinolaringologia considera que as afirmações do Sindicato levam os leitores a concluir que a sua nomeação para o cargo “decorreu de um processo ilícito”.

Além disso, Leonel Luís alega que os comunicados exibem que o médico “não tem competências, aptidões, nem qualificações técnicas”, que “impede os colegas de exercer as suas funções” e até que “instalou no seu gabinete uma câmara de vídeo”.

Conclusões estas que “não são retiradas de decorrências lógicas das afirmações dos denunciados, são conclusões textuais do discurso destes”, refere a queixa apresentada ao Ministério Público, acrescentando que são “afirmações falsas e insinuações infundadas”.

Leonel Luís apresenta ainda queixa crime contra cinco colegas otorrinos que interpuseram uma providência cautelar “com vista à suspensão da eficácia da deliberação” quando o diretor foi nomeado para o cargo, tendo o Tribunal Administrativo de Lisboa negado provimento à referida providência cautelar.

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul chegou a pedir a intervenção do Presidente da República no caso, pedindo que, “no exercício dos plenos poderes que a Lei atribui ao cargo que exerce na hierarquia do Estado, proceda às diligências necessárias a um rápido e cabal apuramento de eventuais ilegalidades”.

ZAP // Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.