Rui Rio não quer as diretas antecipadas no Conselho Nacional, por temer que os seus últimos meses como líder sejam ditados por adversários.
As próximas diretas do PSD devem realizar-se em junho, com o congresso de confirmação dos resultados a ter lugar em julho, de acordo com as duas propostas que a comissão política de Rui Rio se prepara para apresentar e levar a votação no conselho nacional. Após a aprovação das datas, o que acontecerá na segunda-feira, é expectável que os candidatos se apresentem e oficializem os seus planos.
De acordo com o jornal Público, a atual direção teve a preocupação de encontrar datas que não comprometessem os feriados e as pontes de junho. Como tal, uma das propostas contempla a realização das diretas na primeira semana de junho (mais especificamente nos dias 4 e 5), com o congresso a realizar-se no início de julho. A segunda proposta segue os mesmos moldes, mas as datas de referência passam para julho e agosto.
A mesma fonte aponta para visões distintas dentro do partido, consoante as alas dominantes. Ao passo que os apoiantes de Luís Montenegro parecem ser favoráveis a este calendário, que resolveria a questão até ao início do verão, os que estão do lado de Miguel Poiares Maduro preferiam um prazo mais abrangente. A dúvida, neste momento, prende-se com a possibilidade de o concelho nacional tentar antecipar os prazos para maio. Esta é uma opção que o círculo de Rio — e o próprio líder — rejeita, por entender que os conselheiros nacionais pretendem condicionar os seus últimos meses enquanto presidente do partido.
A reunião do conselho nacional também será o palco para outras discussões, nomeadamente os nomes que o partido irá indicar para o Conselho de Estado, para a liderança da bancada parlamentar, mas também uma posição concertada sobre o regresso dos debates quinzenais com o primeiro-ministro. Paulo Leitão, líder do PSD-Coimbra, antigo apoiante de Paulo Rangel e de Luís Montenegro, enviou uma adenda para que as questões fossem incluídas na ordem de trabalhos.
No que respeita aos nomes que se perfilam, o Público noticia hoje que Miguel Poiares Maduro está a fazer contactos no sentido de perceber o nível de apoios que conseguiria reunir, para se assegurar que, no caso de decidir avançar, terá um resultado honroso. O antigo ministro do Governo de Pedro Passos Coelho é visto como uma figura unânime no partido e capaz de de agradar às alas ‘passista’ e ‘rioísta’ — Poiares Maduro colaborou no Conselho Estratégico Nacional, órgão criado por Rui Rio.
Como alternativa a Luís Montenegro, nome quase certo, os sociais-democratas terã também José Ribau Esteves, antigo presidente da Câmara de Aveiro, que ainda não excluiu a possibilidade de avançar com uma candidatura. Quanto a Miguel Pinto Luz, a única certeza é que estará ausente da reunião que definirá o calendário.
Carlos Moedas, por sua vez, tem vindo a ser pressionado para apresentar uma candidatura, sobretudo por membros da distrital de Lisboa, que pretendem ver o slogan da campanha do antigo comissário europeu aplicada ao partido e ao país. Os apoios deverão chegar também da ala ‘passista’, já que alguns dos seus seguidores não se revêm no nome de Luís Montenegro. Ainda de acordo com o Público, avançar com uma candidatura à liderança do PSD é um desejo de Carlos Moedas, no entanto, o próprio entende que este não é o timing correto.
Este parece menos mal que os restante gangue do Passos!…