Esqueletos de dinossauro com 75 milhões de anos foram encontrados, nos Estados Unidos, com evidências de núcleos celulares e cromossomas fossilizados.
Uma equipa de investigadores descobriu evidências de núcleos celulares e cromossomas fossilizados dentro da cartilagem preservada de hadrossaurídeos com 75 milhões de anos. Estes eram dinossauros herbívoros de médio a grande porte e a parte frontal do seu crânio terminava numa forma achatada semelhante aos bicos dos patos atuais.
Após descobrirem os esqueletos em Montana, nos Estados Unidos, a equipa de cientistas fizeram análises microscópicas a fragmentos do crânio destes dinossauros. De acordo com o Tech Explorist, os cientistas observaram algumas células impecavelmente protegidas dentro da cartilagem calcificada nas bordas de um dos ossos.
Embora o ADN não possa ser usado para os trazer de volta à vida, os especialistas acreditam que seja possível usá-lo para rastrear a evolução da vida ao longo do tempo.
“Internamente, também era visível material escuro semelhante a um núcleo celular. Uma célula da cartilagem preservou estruturas alongadas escuras morfologicamente consistentes com os cromossomas”, disse Alida Bailleul, autora do estudo publicado recentemente na revista científica National Science Review. “Eu não podia acreditar — o meu coração quase parou de bater.
Testes imunológicos feitos corroboram a presença residual de proteínas cartilaginosas do dinossauro. Além disso, concluíram que parte do ADN original ainda estava preservado, apesar de já terem passado 75 milhões de anos.
“Estes novos e empolgantes resultados aumentam as evidências crescentes de que as células e algumas das suas biomoléculas podem persistir por um longo período de tempo”, disse Bailleul. “Eles sugerem que o ADN pode ser preservado por dezenas de milhões de anos, e esperamos que este estudo incentive os cientistas que trabalham no ADN antigo a ultrapassar os limites atuais e a usar uma nova metodologia para revelar todos os segredos moleculares desconhecidos que os tecidos antigos possuem”.