Dilbert banido de centenas de jornais por comentários racistas do seu criador. Só Musk aplaudiu

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Andrews McMeel Universal

Diversos jornais dos Estados Unidos decidiram deixar de publicar os famosos cartoons “Dilbert” depois de o seu criador, Scott Adams, ter publicado um vídeo referindo-se à população negra como “grupo de ódio”.

Scott Adams tornou-se famoso nos anos 1990 com a sua banda desenhada “Dilbert”, que aborda de forma por vezes controversa, sempre humorística, temas sociais diversos, normalmente focados no ambiente de trabalho nas grandes empresas.

Mas, desta vez, a polémica explodiu através de uma intervenção do próprio criador da banda desenhada.

No mais recente programa do seu canal “Real Coffee with Scott Adams” no YouTube, emitido a semana passada, o cartoonista norte-americano afirmou estar de acordo com o lema “It’s OK to be white” e apelidou as pessoas negras de “grupo de ódio“.

“É um grupo de ódio e não quero ter nada a ver com eles”, afirma Adams. “Tal como estão as coisas neste momento, o melhor conselho que posso dar aos brancos é: afastem-se dos negros“.

Durante o vídeo, Adams cita os resultados de uma recente sondagem conduzida pelo grupo conservador Rasmussen Reports, na qual mil norte-americanos adultos foram inquiridos sobre se concordavam com a frase “It’s OK to be white” (“Está tudo bem em ser branco”, em tradução livre).

De acordo com a NPR, a sondagem mostra que 72% dos inquiridos concordam com a expressão — incluindo 53% das pessoas negras contactadas. A pesquisa revela também que 79% dos inquiridos concordam com a frase “As pessoas negras também podem ser racistas”.

A expressão “It’s OK to be white”, que tem sido divulgada em sites associados à extrema-direita e proferida em discursos de políticos conservadores, foi classificada como”discurso de ódio” pela ONG judaica Anti Defamation League.

Segundo Scott Adams, os resultados desta sondagem mostram que as tensões raciais nos Estados Unidos “não têm solução“.

Após as declarações de Adams, inúmeros jornais anunciaram a decisão de deixar de publicar as tirinhas do icónico Dilbert.

Na sexta-feira, a USA TODAY Network, responsável pela publicação de centenas de jornais nos Estados Unidos, anunciou que iria de deixar de publicar os cartoons de Adams “devido aos recentes comentários discriminatórios do seu criador”.

No sábado, o Washington Post adiantou que Dilbert deixaria de estar presente no jornal. “Devido às últimas declarações de Scott Adams, que promovem a segregação, o Washington Post vai deixar de publicar a banda desenhada cómica Dilbert”, disse um porta-voz do jornal, citado pela agência AFP.

Já este domingo, a Andrews McMeel Universal, distribuidora das icónicas tirinhas, anunciou que ia “cessar a sua relação com Scott Adams”.

Mas nem todos criticaram as posições do controverso cartoonista.

Num post publicado este domingo no twitter, o CEO e fundador da Tesla e SpaceX, Elon Musk, considerou que “a comunicação social é racista“.

“Durante muito tempo, a comunicação social foi racista contra as pessoas não brancas, mas agora é racista contra brancos e asiáticos“, escreveu Musk.

Na que foi a sua segunda grande decisão após a compra do Twitter, Musk decidiu oferecer uma “amnistia geral” às contas suspensas na rede social — abrindo-lhe a porta ao “regresso das piores pessoas da Internet“.

ZAP //

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2 Comments

  1. Os comentários de Scott Adams não são racistas.
    Esperava-se que a grande imprensa tivesse inteligência suficiente para o perceber.

  2. Esta demonstrado que “It’s not OK to be white” Infelizmente a sociedade foi tão manipulada por extrema esquerda e minorias, que hoje um branco falar abertamente sobre problemas relativos a minorias ou raças corresponde a um sacrilégio ou algo maior, no entanto o inverso é aceitável. Estranho mundo este !!!

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