Foram detidos 12 angolanos por estarem “a financiar e a promover a disseminação” de áudios e vídeos para “semear a insegurança, o ódio e o pânico no seio das populações”, segundo anunciou o Serviço de Investigação Criminal de Angola.
Os detidos já foram “presentes ao Ministério Público” que, “perante a gravidade dos factos aplicou medidas de coação pessoal correspondentes”, aponta ainda o Serviço de Investigação Criminal de Angola (SIC) numa nota à imprensa.
Alguns dos detidos ficaram em prisão preventiva.
As detenções surgiram depois de “um conjunto de acções operacionais que permitiram identificar indivíduos que, de forma isolada ou em grupos, têm estado a financiar e a promover a disseminação” de áudios e vídeos para “semear a insegurança, o ódio e o pânico no seio das populações”, destaca ainda o SIC.
Estes incidentes surgem no rescaldo da tensão e dos protestos depois da derrota da UNITA nas eleições gerais do país que reconduziram João Lourenço para o seu segundo mandato como presidente de Angola.
Activista “Luther King” pode ficar cego na cadeia
Entretanto, detido há mais de oito meses, o activista angolano Luther Campos, também conhecido por “Luther King”, arrisca perder a visão na prisão, como alerta o seu advogado, Francisco Muteka, em declarações à Lusa.
Sem data de julgamento prevista, “Luther King” que foi detido em 12 de Janeiro de 2022, tem graves problemas de visão, como refere o advogado, dando conta que já solicitou consultas externas, ao Hospital Prisão São Paulo, em Luanda, mas sem respostas.
Luther “tem problemas graves de visão e é uma situação que já se remeteu aos serviços penitenciários para que eventualmente possam dispensar o indivíduo a ter que efectuar consultas fora daquela unidade prisional“, explica ainda o advogado.
ZAP // Lusa