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Destruir um asteróide com armas nucleares para proteger a Terra de um “Armageddon” pode mesmo resultar

A notícia é, no mínimo, tranquilizadora para aqueles que têm pesadelos com o Apocalipse: um novo estudo sugere que destruir um asteróide potencialmente perigoso para a Terra com armas nucleares é, afinal, uma estratégia eficaz.

A colisão com um asteróide é muitas vezes apontada como uma possível causa para o fim da vida na Terra. A última vez que uma rocha espacial de tamanho colossal atingiu o nosso planeta erradicou mais de metade da vida no planeta e acabou com os míticos dinossauros.

Para evitar que uma catástrofe semelhante ponha fim à vida na Terra, as agências espaciais vigiam de perto os arredores planetários.

Disparar ogivas nucleares contra o objeto espacial para o desintegrar antes de entrar em contacto com o nosso planeta é uma das soluções, mas esta estratégia precisa de ser cuidadosamente calculada. Um erro mínimo pode fazer com que o corpo espacial seja dividido em duas ou mais partes, ameaçando diferentes locais do planeta.

Esta abordagem é alvo de algumas críticas, mas um novo estudo conclui que este método é seguro. Os cálculos sugerem que a defesa é, aliás, “muito eficaz” na proteção contra impactos de asteróides quando o tempo de impacto está a menos de um ano de distância.

Segundo o Science Alert, a equipa de investigadores criou vários modelos computacionais para analisar o efeito de uma bomba nuclear de uma megatonelada lançada contra um asteróide de 100 metros de diâmetro.

Nesta investigação, os cientistas analisaram cinco órbitas de asteróides diferentes. A equipa concluiu que, se for possível atingir um asteróide dois meses antes do impacto, seria possível reduzir os fragmentos a apenas 0,1% da massa total do corpo espacial.

Se o asteróide for maior, há uma probabilidade de reduzir a sua massa de impacto para apenas 1%, isto se for possível atingi-lo seis meses antes da colisão.

“Um dos desafios na avaliação das perturbações é que é necessário modelar todas as órbitas dos fragmentos, o que é geralmente muito mais complicado do que modelar uma simples deflexão”, explicou o físico Patrick King, da Universidade Johns Hopkins.

Apesar de o estudo apresentar um ótimo resultado, a verdade é que esta estratégia seria uma opção de último recurso. A opção preferida continua a ser desviar o asteróide para longe do nosso planeta com mais antecedência.

No filme Armageddon, com Bruce Willis, a humanidade reage à chegada iminente do “meteorito do fim do mundo” enviando ao seu encontro duas naves com a missão de o destruir. Esperemos que a realidade não imite a ficção.

ZAP //

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