O deslizamento de terras que ocorreu na cidade de Geze Gofa, no sul da Etiópia, fez pelo menos 146 vítimas.
O desastre aconteceu por volta das 10h00 de segunda-feira, na sequência de fortes chuvas numa zona montanhosa da cidade.
A maior parte das vítimas foram soterradas depois de terem ido ajudar os habitantes de uma casa atingida pelo primeiro deslizamento de terras.
As pessoas que acorreram para salvar vidas pereceram no desastre, incluindo o administrador da localidade, professores, profissionais de saúde e profissionais agrícolas.
Esta terça-feira, os habitantes locais reuniram-se no local para procurar sobreviventes do desastre, apesar do número de vítimas estar a aumentar.
O porta-voz das autoridades da zona de Gofa, Habtamu Fetena, adiantou que até ao momento foram encontrados 146 corpos no local e que entre eles há um número ainda não especificado de crianças.
“Foram encontrados 146 corpos, dos quais 96 homens e 50 mulheres, e os esforços de busca continuam vigorosamente.”, diz Habtamu Fetena.
Gofa está situada a cerca de 450 quilómetros da capital Adis Abeba, uma viagem de cerca de 10 horas, e situa-se a norte do Parque Nacional de Maze.
Segundo o South China Morning Post, o estado regional do sul da Etiópia tem sido fustigado pelas curtas chuvas sazonais entre abril e maio, que causaram inundações e deslocações em massa.
A Etiópia, o segundo país mais populoso de África, com cerca de 120 milhões de habitantes, é vulnerável a catástrofes climáticas, como inundações e secas.
Em maio, o país confirmou que as inundações afetaram mais de 19.000 pessoas em várias zonas, deslocando mais de mil e causando danos nos meios de subsistência e infra-estruturas.
É de recordar que o deslizamento de terras mais mortífero em África ocorreu em Freetown, a capital da Serra Leoa, em agosto de 2017, quando morreram 1141 pessoas.