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Descoberto sistema vizinho com três mundos. É a “Disneylândia” dos exoplanetas

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Uma equipa de cientistas encontrou um sistema solar (TOI 270) a cerca de 73 anos-luz da Terra que tem, pelo menos, três exoplanetas, um dos quais localizado na chamada zona habitável.

A descoberta, que pode ajudar a encontrar o “elo perdido” da Astronomia, é resultado de um estudo levado a cabo por uma equipa internacional de cientistas que se baseou em imagens captadas pelo telescópio TESS da agência espacial norte-americana (NASA), tendo os seus resultados sido publicados no fim de julho na revista científica Nature Astronomy.

O sistema em causa é composto por uma estrela anã do tipo M3, em torno da qual orbita um corpo rochoso com um diâmetro maior do que a Terra e dois “mini-Neptunos” com duas vezes o tamanho do nosso planeta.

Tendo em conta que a estrela do sistema é bastante fria e emite pouca luz, e apesar de o seu planeta mais distante (TOI 270 d) estar apenas a 0,07 unidades astronómicas do astro (UA, distância entre a Terra e o Sol), a estrela deve localizar-se na zona habitável.

NASA

De acordo com as estimativas dos astrónomos, a temperatura de equilíbrio deste corpo seria de cerca de 67 graus Celsius.

Contudo, devido à provável presença de uma atmosfera densa capaz de reter calor, a vida em TOI 270d só seria possível nas suas camadas mais altas. Ainda assim, algumas características dos planetas observados alimentam o entusiasmo dos cientistas.

O sistema agora descoberto é um objeto de observações perfeito, podendo ainda contribuir para o estudo de outros mundos. “Este sistema é exatamente aquilo para o qual o TESS foi projetado: planetas pequenos e temperados que passam ou transitam em frente de uma estrela hospedeira inativa, que não tem uma atividade estelar excessiva”, explicou o líder do projeto, Maximilian Günther, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, em comunicado da NASA.

“Esta estrela é calma e muito próxima de nós, e portanto muito mais brilhante do que as estrelas hospedeiras de sistemas comparáveis. Com extensas observações de acompanhamento, em breve poderemos determinar a composição destes mundos, estabelecer se têm atmosferas e que gases contêm”, enumerou.

NASA

Comparação do sistema solar TOI 270 com Júpiter e as suas luas

“Disneylândia dos exoplanetas”

Além disso, a descoberta de dois planetas gasosos de tamanhos semelhantes aos da Terra, ausentes do nosso Sistema Solar, poderá ainda contribuir para estudar e melhor compreender a formação dos corpos celestes.

“O TOI 270 permitirá estudar esse ‘elo perdido’ que existe entre os planetas rochosos semelhantes à Terra e os ‘mini-Neptunos’ de gás, uma vez que todos estes tipos de planetas foram formados num mesmo sistema sistema”, explica Günther.

“O TOI 270 é uma verdadeira Disneylândia para a ciência dos exoplanetas (…) É um laboratório excecional, não por uma, mas por várias razões: realmente atende a todas as expectativas”, rematou.

ZAP //

 

4 Comments

  1. Raciocinamos: Como pode uma coisas dessas se está há 73 anos luz de nós? Pra tirar uma foto de qualquer coisa a primeira coisa que precisa é de luz, por isso se chama Photo Grafia, certo? Então vamos à realidade, se 1 ano luz é a distância que a luz percorre em 1 ano, então essa descoberta foi feita há 146 anos atrás, isso teria que uma pessoa bater essa “foto” e ela demoraria 73 anos luz só pra ir e 73 anos luz pra voltar considerando que pra obter essa foto a luz tem que se propagar 146 anos pra ir e voltar, pois sem luz= Photo não há fotografia. Alguém consegue tirar foto sem luz? Tudo conversa fiada essas estórias no meu entender. Na minha opinião não foram nem à lua. No máximo que conseguiram ir foi há 400 km de altura onde está a I.S.S..

    • Que grande confusão que vai para ai, José. Então acha que quando se tira uma fotografia, sai luz da máquina, que depois reflete no objeto e volta para a objetiva? Então é assim: quando se tira uma fotografia, o que a objectiva “apanha” é a luz, emitida por qualquer fonte presente (o sol, uma lâmpada, luz própria, o próprio flash da máquina, etc…) que é reflectida por esse objecto na direção da objectiva da máquina. Não há um “vai e vem”, só um “vem”.
      Neste caso em particular, a descoberta foi feita usando o TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite), um telescópio espacial que usa um conjunto de câmaras fotográficas, foi feita agora (nos últimos meses), embora a luz tenha sido refletida pelos objectos (ou seja, saiu dos objectos) há 73 anos.

  2. Um esta esta certo numa coisa a esperança do ser humano esta mau focada e ou otro tambem a luz refletida e captada pelo satelite que esta a 73 anos viajando a 300.000 km por seg. de distancia/ je!

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