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Desastres naturais mataram 22 mil pessoas e afectaram 100 milhões em 2015

Narendra Shrestha / EPA

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Sobreviventes do sismo em Kathmandu, no Nepal, recebem atendimento no hospital

Um relatório divulgado esta quinta-feira pela ONU revela que os desastres naturais afectaram 100 milhões de pessoas e mataram mais de 22,7 mil no mundo em 2015.

O documento, preparado pelo Gabinete das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres, Unisdr, realça que quase 100 milhões de pessoas foram afectadas de alguma maneira por terremotos, furacões, enchentes, entre outros, ocorridos no ano passado.

Os especialistas revelam ainda que os prejuízos económicos com os desastres atingiram o valor de 58 mil milhões de euros em 2015.

O custo médio dos estragos e danos causados pelos desastres naturais é bem maior: 123 mil milhões de euros anuais.

Os países mais afectados foram a China, os Estados Unidos, a Índia, as Filipinas e a Indonésia.

Apesar dos números e valores altos, os resultados actuais mostram uma queda em relação aos dados registados há 10 anos.

Por exemplo, o número médio de mortes anuais em desastres naturais, na última década, é de 76,4 mil.

A excepção foi o ano de 2010, em que se registaram 295 mil mortes em desastres naturais – das quais, 220 mil no terramoto do Haiti.

Segundo a ONU, essa redução geral ocorreu, em parte, pela implementação de medidas de prevenção feitas pelos diferentes países.

O relatório cita o caso do México, durante o furacão Patrícia, o maior já registado até hoje, com ventos de 346 Km por hora.

O sistema mexicano de alarme precoce permitiu atempadamente proceder à evacuação massiva da população nas áreas atingidas pela tempestade.

Em contrapartida, o ano de 2015 foi o mais quente da história – aumento causado pelas alterações climáticas e pelo El Niño, realça o director do Unisdr, Robert Glasser.

Segundo Glasser, “a tendência que mais preocupa é a duplicação dos casos de seca no mundo”.

Mais de 50 milhões de pessoas foram atingidas de alguma forma por este problema no ano passado, o que representa um aumento de 40%.

As enchentes, por seu turno, afectaram 27,5 milhões de pessoas em 2015, por comparação comas mais de 81 milhões afectadas há uma década.

R-ONU

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