O deputado austríaco Peter Pilz, ex-líder dos Verdes, que chegou ao Parlamento no mês passado com o seu próprio partido, anunciou este sábado que vai renunciar ao mandato por acusações de assédio sexual, apesar de rejeitar que as mesmas tenham fundamento.
Peter Pilz anunciou numa conferência de imprensa que não vai iniciar o mandato para o qual foi eleito em outubro, mas que irá apoiar “desde fora” o seu partido, a Lista Peter Pilz, que fundou em julho, depois de se separar do partido Os Verdes, do qual era co-fundador.
Segundo detalha a rede pública austríaca ORF, uma funcionária dos Verdes tinha acusado Pilz em 2016 de assédio sexual em 40 ocasiões, levando o caso a um comité interno do partido.
A direção dos Verdes confirmou que houve um caso que “cumpria as características de assédio”, mas que resultou num acordo de silêncio por desejo da mulher afetada, enquanto Pilz acusa o seu antigo partido de não ter esclarecido as acusações, que qualificou de “invenções”.
A revista austríaca Falter acrescenta mais um elemento, ao assegurar na sua edição digital deste sábado que o político tocou de forma inapropriada numa trabalhadora de outro partido durante um fórum político em 2013.
Pilz disse hoje na conferência de imprensa não se lembrar desse caso mas estar disposto a assumi-lo “se houver duas testemunhas” do incidente.
// EFE