O deputado Carlos Silva Santiago, eleito pela Aliança Democrática (AD), atropelou uma criança de 9 anos em Vila Nova de Paiva, Viseu, acusando álcool no sangue.
O acidente ocorreu no início deste mês de Novembro, pelas 17:20 horas, na Avenida Aquilino Ribeiro, no centro de Vila Nova de Paiva, conforme apurou o Correio da Manhã (CM).
Após o atropelamento, foi sujeito ao teste do balão, acusando álcool, segundo informa o CM. Uma fonte “conhecedora do processo” já confirmou a informação ao Observador.
Carlos Silva Santiago começou por acusar uma taxa de 1,35 gramas de álcool por litro de sangue que constitui crime, ainda de acordo com a o CM.
Na contraprova, após ter realizado novo exame, acusou 0,96 gramas/litro, o que constitui uma contraordenação grave que pode levar à inibição de conduzir durante dois meses a dois anos.
O deputado pagou, de imediato, uma multa de 500 euros.
Eleito por Viseu na coligação que juntou o PSD e o CDS nas últimas legislativas, o ex-presidente da Câmara de Sernancelhe alegou à GNR que “a criança atravessou a passadeira a correr sem que nada o fizesse prever”, e que “travou de imediato”, conforme cita o CM.
Já o menor terá dito aos agentes que o deputado “não parou”, uma versão que é corroborada por uma testemunha, ainda segundo o mesmo jornal.
A criança ficou com o pé preso na roda do veículo, mas só sofreu ferimentos ligeiros, tendo sido assistida pelos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Paiva e depois, levada para o Hospital de Viseu.
Carlos Silva diz que foi a criança que “embateu” no carro
O deputado já se pronunciou sobre o acidente no seu perfil do Facebook, salientando que “não existiu qualquer atropelamento”, mas apenas “um enorme susto”.
Carlos Silva Santiago refere que foi a criança que “embateu lateralmente” no seu carro quando “iniciava a marcha”.
“Não quero com isto menorizar o que aconteceu nem tão pouco desculpar o meu comportamento“, destaca também, frisando que responderá pelo que fez “como qualquer outro cidadão”.
O líder da distrital de Viseu do PSD acrescenta que regressava de um almoço e que estava “perfeitamente consciente”.
“Em momento algum, tive a percepção de que poderia estar a ultrapassar o limite de álcool permitido, o que infelizmente aconteceu”, sublinha ainda.
Mas “o mais importante” é que a criança “está bem”, conclui”, notando que está a acompanhar “diariamente o caso com os seus pais”.
Se fosse do CHEGA ja aqui estaria a esquerdalha a fazer um folhetim…
Mais uma prova de que na política não entra gente honesta?