Autores estão familiarizados com assuntos de segurança e guerra moderna, tendo-se aventurado na FicInt (Ficção de Inteligência).
No passado recente, as fronteiras entre a realidade e a ficção científica esbaterem-se consideravelmente, com muitos dos cenários quase impossíveis de antecipar Os escritores de ficção científica têm frequentemente antecipado muitos desenvolvimentos científicos e tecnológicos modernos.
Como tal, o Ministério da Defesa do Reino Unido decidiu avançar com a contratação de dois escritores de ficção científica para ajudar a imaginar como serão as guerras de amanhã.
Os autores, Peter Warren Singer e August Cole, já produziram oito contos que exploram as potenciais ameaças que as tecnologias emergentes poderão apresentar nos próximos 20 anos.
De acordo com o IFL Science, cada história analisa desenvolvimentos em áreas específicas — tais como inteligência artificial (IA), modelação de dados, computação quântica e melhoramento humano, entre outras — e aplica-os ao terreno, onde os combates podem ocorrer.
Os escritores têm, por isso, a missão de imaginar o inimaginável, uma vez que esses cenários podem ser especialmente importantes para o planeamento da defesa.
Tanto Singer como Cole estão familiarizados com assuntos de segurança e guerra moderna, aventurando-se na FicInt (Fictional Intelligence) ou “ficções úteis”, um termo que Cole cunhou em 2015. A abordagem combina “escrita de ficção com inteligência para imaginar cenários futuros de formas fundamentadas na realidade“, explicou Cole.
Angela McLean, conselheira científica principal do Ministério da Defesa britânico, afirmou que “a defesa precisa de aproveitar a criatividade e visão deste sector para estimular ainda mais a previsão e a inovação para desenvolver soluções ágeis e resilientes para o futuro”.
As histórias são contadas em vários formatos, incluindo narrativas de primeira e terceira pessoa, bem como através de recortes de jornais e obituários. As histórias também se inspiram em conflitos anteriores, como as duas guerras mundiais.