Escavações na Tanzânia, considerada um dos pontos da origem humana, desvendaram o fóssil mais antigo de uma mão humana moderna descoberto até hoje.
Um osso do dedo mindinho, com 3,6 cm e 1,84 milhões de anos, foi encontrado por uma equipa de investigadores espanhóis e norte-americanos na Garganta de Olduvai, na Tanzânia, e assemelha-se ao dos humanos modernos. Os cientistas acreditam que possa pertencer a um hominídeo de outra espécie ainda por identificar, contemporâneo do Paranthropus boisei e do Homo habilis, que seria mais alto do que os nossos antepassados.
O osso, com 3,6 centímetros de comprimento, tem “o tamanho equivalente ao osso da nossa mão”, afirmou Manuel Domínguez-Rodrigo, paleontólogo na Universidade de Madrid.
Vendo o osso como proporcional ao corpo de um ser humano moderno, os antepassados desconhecidos teriam perto de três metros de altura, se comparados com o Homo habilis, que tinha pouco mais de um metro.
“A falange tem um aspecto muito atual e, estatisticamente, não se pode diferenciar de um elemento análogo ao de qualquer pessoa viva hoje em dia”, diz Sergio Almécija, paleontólogo da Universidade George Washington (EUA) e um dos autores do estudo publicado na Nature Communications.
A descoberta indica que a mão moderna já existia muitos milhares de anos antes do imaginado, obrigando os cientistas a repensar quando terá ocorrido esse passo fundamental na evolução dos hominídeos em que deixamos de subir às árvores para nos tornarmos caçadores munidos de ferramentas.
A descoberta vem colocar a hipótese da existência de uma nova espécie do género Homo, com a mão já semelhante à do homem moderno – o Homo sapiens – , até agora desconhecida.
A equipa de paleontólogos responsável pelo estudo do fóssil ainda está a tentar corroborar as teorias avançadas, mas já há quem critique a possibilidade de usar apenas um osso para comprovar a existência de uma nova espécie de hominídeo.
ZAP
Normal… é o dedo fundamental para os carteiristas.