Os culpados da inflação não são os supermercados, diz dona do Continente

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Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, dona dos supermercados Continente, escreveu na quinta-feira uma carta aos colaboradores recusando qualquer culpa no aumento do preço dos alimentos.

“Os culpados da inflação não são os hipermercados/supermercados”, defende Cláudia Azevedo na missiva, a que o Jornal de Notícias teve acesso.

A gestora sugere que a atividade do retalho alimentar tem assistido “a uma campanha de desinformação sobre as causas da inflação alimentar, com danos gravosos para a reputação do setor da distribuição alimentar”.​​​​

A CEO da Sonae admite que os produtos alimentares estão a sofrer mais com a inflação, mas justifica isto com causas “associadas às cadeias de produção”.

“Como sabem, baixámos as nossas margens para acomodar o aumento dos custos, que também nós sofremos, e desenvolvemos soluções para ajudar os nossos clientes a mitigar os efeitos do aumento do custo de vida”, escreve ainda Cláudia Azevedo, sublinhando que a reputação dos supermercados Continente “está a ser atacada”.

Esta sexta-feira, o Governo anunciou que está a estudar a fixação de um limite às margens de lucro nos produtos alimentares, perante a revelação de casos onde os preços subiram tanto que as margens chegam aos 50%.

Através dos dados fornecidos por três grandes cadeias de distribuição alimentar, é possível perceber que as margens de lucro brutas ficam acima de 40 e 50% em alguns produtos. A ASAE anunciou que ia lançar uma grande operação em todo o país, com 38 brigadas.

Em França, por exemplo, o Governo anunciou esta segunda-feira um acordo com as principais empresas de distribuição a retalho para limitar o preço de vários produtos durante um “trimestre anti-inflação”.

A iniciativa, que deve estender-se até junho, pretende que as empresas ofereçam “o menor preço possível” para uma série de produtos à sua escolha. Vários distribuidores, entre os quais Carrefour e Intermarché, anunciaram também campanhas comerciais nos últimos dias para reduzir os preços de vários produtos.

ZAP //

5 Comments

  1. Quando o preço kg do arroz (Bom Sucesso, Carolino) chegou a estar à +/- um mês a 2,49€ e agora está 1,69€ e quando à um ano e um mês comprava a 0,99€ sabendo que o arroz é da campanha de um ano e algum é de até dois anos quando foi pago ao agricultor a (300 e muitos dias) 0,19€ e 0,29€. Mesmo com os custos do transporte, embalagem e logística não acresce mais do 20% ao custo de origem, porque a empresa tem um controlo muito apertado desses fatores, vejam qual é o lucro brutal do Continente. Quanto será dos outros?
    Senhores deputados, têm que exigir às grandes empresas (todas) publiquem por lei todos os custos associados a cada produto e os prazos de pagamentos desses custos (porque só nesses prazos as empresas já geram lucros enormes).

  2. Claro que não são os culpados , tadinhos . provalvelmente a culpa e do PUTIN que vende as couves maia caras . não nos façam de tolos , quem ganham com isto . eu não sou !!!!!!!!!

  3. Tem razão, a culpa é das más políticas praticadas pelo Governo do Sr.º Primeiro-Ministro, António Costa, e a união europeia (ue), mas principalmente a ausência de uma tomada de posição eficaz por parte do Governo que com isso tem estado a beneficiar os hiper-mercados e super-mercados.
    Bem-vindos ao liberalismo, votaram neles, agora aguentem.

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