Computação quântica traz resultados incrivelmente mais rápidos – mas também traz novas questões em relação à segurança.
Primeiro, explicamos – ou recordamos – o que é computação quântica.
Os computadores quânticos aceleram a factorização de grandes números, quebrar códigos num período mais curto; algo que é mais complicado para computadores tradicionais. A velocidade de processamento é outra.
Ou seja, resolvem algoritmos muito mais rapidamente, de forma mais eficiente, comparando com a computação clássica (ou nem há comparação, no geral).
Têm uma propriedade sub-atómica chamada superposição, que permitem processar uma grande variedade de dados ao mesmo tempo; é um contraste com a linguagem binária dos computadores que conhecemos.
Tal capacidade de processamento de uma máquina desse nível pode ajudar a resolver diversos problemas actuais – mas também levanta novas questões em relação à segurança digital.
A criptografia é um processo de protecção de dados, de informações, que – numa linguagem acessível – baralha quem quiser aceder a esses dados confidenciais. Mistura os dados, confunde os “piratas”.
Mas a recente tecnologia também permitiu a criação da criptografia pós-quântica.
É um formato de criptografia que usa os princípios da mecânica quântica para oferecer mais segurança – e até deverá passar a ser uma opção em computadores comuns, com o intuito de reduzir crimes cibernéticos e proteger diferentes tipos de dados, enuncia o portal Tecmundo.
É um ramo da criptografia que estuda classes de algoritmos criptográficos resistentes à cripto-análise quântica.
Há diversas classes de algoritmos: hash, em látice, ou em códigos, entre outros. São algoritmos que demorariam um tempo incalculável para serem quebrados – mesmo por computadores quânticos.
É um passo necessário para um futuro da computação mais seguro.
A maioria dos sistemas de segurança tem um algoritmo baseado em 2048 bits; e os computadores actuais demorariam centenas de anos para quebrar essa criptografia.
Mas os computadores quânticos aceleram – e de que maneira – a possível “infiltração” nesse sistema de segurança.
Recentemente, investigadores chineses anunciaram que conseguiram quebrar criptografia de sistemas de segurança globais com um pequeno computador quântico.
A tecnologia ainda não é um produto global, acessível para “qualquer um”. Mas, caso os computadores quânticos passem a ser acessíveis para a população em geral, mais piratas informáticos vão aproveitar essa possibilidade, com tecnologia ainda mais avançada.
Mas agora, nos EUA por exemplo, existe a Lei de Preparação para Cibersegurança de Computação Quântica – para ajudar os Estados a implantarem a criptografia pós-quântica.
Todos os sistemas de criptografia devem passar a estar em conformidade com os algoritmos de resistência quântica aprovados pela Agência Nacional de Segurança.