“Visivelmente embriagada”, mãe de 25 anos começou por dizer que a menina de quatro anos tinha sido raptada. Foi constituída arguida e a filha foi levada para uma casa-abrigo. Ambas estavam já referenciadas pela CPCJ.
A mãe da criança abandonada na madrugada de quinta-feira dentro de um carrinho de bebé junto à estação ferroviária de Entrecampos, em Lisboa, foi constituída arguida, interrogada e saiu esta sexta-feira em liberdade com termo de identidade e residência.
Fonte oficial da PSP referiu à Lusa que “a mãe da criança foi intercetada pelas 10:15, interrogada, constituída arguida e sujeita a termo de identidade e residência, tendo todavia informado que a criança lhe tinha sido subtraída”, continuando o caso sob investigação.
Acrescentou também que a menina, de quatro anos, foi levada para uma casa de acolhimento, em Lisboa, no âmbito da lei de proteção de crianças e jovens em perigo.
“De todos os factos e diligências efetuadas pela PSP foi já dado conhecimento ao Ministério Público”, adiantou a mesma fonte.
Mãe estava “visivelmente embriagada”
O alerta para o abandono da criança foi dado por volta das 06:00 por um transeunte que testemunhou uma pessoa a deixar um carrinho de bebé na Avenida 5 de Outubro, junto à estação de Entrecampos, e a abandonar o local.
Na sequência do alerta, foram acionados meios policiais para o local e a criança foi transportada para o Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, para ser observada, indicou a PSP, referindo que, embora tenha uma deficiência congénita, “não tinha qualquer ferimento”, pelo que teve alta hospitalar antes de ser levada para a casa de acolhimento.
A polícia realizou diligências para identificar a pessoa que abandonou a criança, inclusive através de imagens de videovigilância de vários estabelecimentos perto do local.
A mulher, com cerca de 25 anos, “foi encontrada visivelmente embriagada na via pública”, adiantou a PSP, acrescentando que a informação que dispõe é de que “esteve num bar durante a madrugada e, depois de ter saído do bar, terá deixado a criança na via pública”.
No âmbito da inquirição, o discurso da mulher não se revelou “coerente” e apresentou “ideias díspares”, tendo inclusive começado por dizer que a criança tinha sido raptada.
“Na altura, ainda estava bastante embriagada, apresentava um forte odor a álcool e percebemos, pela forma como se locomovia, que não estava no seu estado normal”, disse o oficial da PSP, Paulo Martins, ao Diário de Notícias.
De acordo com a PSP, a mãe desta criança incorre num crime de exposição ou abandono.
Criança estava referenciada pela CPCJ
A criança e a respetiva mãe “já estavam referenciadas pela CPCJ (Comissão de Proteção de Crianças e Jovens), porque já tinham sido registados episódios desfavoráveis, de negligência, no passado”, apurou o DN junto do Comando Metropolitano da PSP.
ZAP // Lusa
Porreiro , pode ir a “Vidinha” descansada e dar mais umas cambalhotas !