A terra natal de Ventura diz tudo: “Ele vem de uma cova”

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António Pedro Santos / LUSA

André Ventura

José Eduardo Agualusa aproveita a presença de Lula em Portugal para criticar as ideias do Chega. E deixa o aviso: “Portugal precisa de transformar estrangeiros em portugueses”.

Lula da Silva está em Portugal, apesar das críticas públicas, sobretudo provenientes do Chega – que convocou mesmo uma manifestação contra a presença do presidente do Brasil no país.

José Eduardo Agualusa lembra que surgiram pretextos para criticar esta visita: ou a ideia de Lula falar na sessão solene do 25 de Abril, ou protestar contra a postura do presidente brasileiro sobre a guerra na Ucrânia.

No entanto, o escritor acredita que o foco deste ambiente chama-se André Ventura: “Precisa de agradar aos milhares de bolsonaristas brasileiros, com cidadania portuguesa, que, nas últimas eleições (2022), ajudaram o seu partido a eleger 12 deputados”.

Agualusa aproveita este contexto para criticar o Chega, um “partido ultranacionalista, que fez do combate contra a imigração um dos seus principais estandartes, a reescrever a sua agenda para agradar a um grupo de imigrantes. Chega a ser cómico”.

José Eduardo Agualusa olha para o Chega como um partido que é uma “maravilhosa máquina de produzir contradições”.

Com foco precisamente no seu líder, André Ventura, “que parece mais árabe do que Maomé ibne Haçane ibne Maomé ibne Iúçufe Alauita, o rei Maomé VI, de Marrocos”.

Portugal, lembra o escritor, é um país ocupado por árabes há séculos. “Sem a demorada e profícua presença árabe não existiria Portugal. Não existiriam portugueses. Não existiria a nossa língua”.

E, mantendo-se no árabe, Agualusa recorda o local de nascimento de Ventura: Algueirão – palavra que vem do árabe al-gueirãn, que significa caverna, gruta ou cova. Aliás, Agualusa apresenta este artigo no Globo com o título “A cova de Ventura”.

José Eduardo Agualusa finaliza a sua crónica com números da Organização das Nações Unidas: se Portugal mantiver a actual taxa de natalidade, é um país que vai desaparecer daqui a algumas décadas.

“Para sobreviver, Portugal precisa de atrair estrangeiros e transformá-los em portugueses. Isto parece óbvio. Infelizmente, aquilo que move os eleitores da extrema direita não é do domínio da racionalidade, mas da emoção”, avisou.

ZAP //

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8 Comments

  1. É urgente alterar a Lei Eleitoral por forma a impedir que Estrangeiros votem nas próximas Eleições Autárquicas, Legislativas, Presidenciais, e Referendos, somente os Portugueses de Sangue (Continentais e das Regiões Autónomas) é que terão direito a voto, caso contrário as Eleições em Portugal serão uma fraude com ingerência Estrangeira e das sociedades secretas nos Actos Eleitorais e assuntos internos do País.

  2. Caro Figueiredo:
    1 – quem paga impostos tem de ter os direitos que lhes são ressarcidos! se paga imposto, tem direito a votar. Se é nacional, independentemente de ser emigrante, tem direito a votar. É assim lá fora, com os nossos portugueses, e assim deve ser cá dentro.
    2 – vamos então fazer um teste de DNA a todos os portugueses e ver que é realmente português de sange. Nem mesmo viriato era português de sangue. E com essa lógica, chegando ao Alentejo, deixa de haver portugueses de sangue….e eu, quase certo, sou um dos que deixarão de serem considerados portugueses de sangue, de Primeira, para ser portugues de Segunda. Olha, agora que me recordo, isso exisita há bem pouco tempo em Portugal, com os portugueses que viviam nas colónias: eram todos de Segunda categoria! E o resultado foi fantástico!

    • não diga asneiras, a situação de frança e inglaterra em que os maomés se reproduzem como porcos e não tem nada de europeu vão acabar com os países europeus por onde entrarem.
      diga-me um país arabe e muçulmano evoluido? são todos estados falhados.
      nunca existiu sociedades mistas nas democracias (os states não são exemplo de nada) nunca e quando houve culturas diferentes juntas só com ditaduras.

    • 1- O Direito ao Voto não se atribuiu mediante pagamento de impostos; quem decide os destinos e Governo de uma Pátria é o seu Povo, e em relação ao que se passa nos outros Países, é problema deles, cada um adopta o sistema de Governação, Sociedade, e Valores, que acha melhor, era o que mais faltava eu estar na Pátria dos outros e interferir nos seus assuntos internos.
      2- A confusão que para aí vai.

      • O sufrágio capacitário, ou seja o direito a voto de acordo com os impostos que cada um paga foi coisa do liberalismo do Século XX e que caiu tal como esse regime nefasto. Sugerir o regresso ao voto capacitário só pode ser coisa de compeltos apedeutas,

  3. PT o partido do serralheiro e uma “maravilhosa máquina de produzir pelintras, oportunistas e ladrões”. Este sem vergonha Agualusa cai nesta definição.

  4. Antes de fazerem qualquer juízo sobre o que vou dizer, reafirmo que “chegas” para mim só as tradicionais chegas de bois praticadas nas Terras do Barroso, no Nordeste Transmontano, não querendo dizer com isso que as aprecio ou alguma vez tenha presenciado alguma. Isso quanto a “chegas”, porém tal não implica que concorde com as muito infelizes palavras de José Eduardo Água Lusa, o qual muito me desiludiu.

  5. De Angola

    Quase todos vocês estarão desfasados da realidade , o Agua Lusa deveria fechar a boca pois nâo é português ! O Costa não é português é Indiano por isso não sentem Portugal como nós que nascemos e crescemos em Portugal por isso mesmo ele se está a vingar dos verdadeiros portugueses que fizeram o 25 de Abril que com isso levou a cadastro fica descolonização feita pelo oportunista e assassino Mário Soares e Cunhal , eu estou em Angola há 20 anos , sou residente há 2 , votar para eleições angolanas nunca o poderei fazer nem sair a rua em dias de manifestação , o que querem esses estrangeiros que se fizeram portugueses a pressa ?

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