Coreia do Sul reabre escolas. Medidas incluem medição da temperatura e distanciamento

José Coelho / Lusa

Centenas de milhares de estudantes da Coreia do Sul voltaram às aulas nesta quarta-feira, quando as instituições de ensino começaram a reabrir após estarem fechadas por mais de dois meses após a pandemia de coronavírus.

Os alunos fizeram fila para medição de temperatura corporal e receberam desinfetantes para lavar as mãos ao entrar nas instalações da escola, onde os professores esperavam e acenavam ocasionalmente com toques no cotovelo, descreveu a agência France-Presse.

“É realmente emocionante encontrar os meus amigos e professores pessoalmente, mas precisamos de seguir estritamente as diretrizes de desinfeção”, disse Oh Chang-hwa, presidente do centro estudantil da Kyungbock High School, em Seul. “Estou muito preocupado, mas ainda assim é bom vê-los novamente”, disse Oh à AFP.

A Coreia do Sul sofreu um dos piores surtos iniciais do novo vírus e, a certa altura, foi o segundo país mais afetado depois da China continental, levando as autoridades a adiar a reabertura das escolas no início de março. Mas parece ter controlado o surto graças a um extenso programa de “rastreamento, teste e tratamento”.

Cerca de 440 mil estudantes do último ano, que farão os exames em dezembro – uma etapa crucial num país obcecado pela educação – são os primeiros a voltar para a escola, e outros anos seguirão por etapas nas próximas semanas.

Nas escolas, pede-se aos alunos que limpem as mesas e que se sentem separados de acordo com as diretrizes de distanciamento social, e algumas turmas até instalam divisões entre as mesas.

“As preocupações com pequenos grupos de infeção ainda persistem e ninguém pode prever que tipo de situação surgirá nas escolas”, disse o ministro da Educação, Yoo Eun-hae. O ministério começou a operar uma sala de emergência 24 horas nesta semana, disse Yoo, acrescentando que todas as escolas que reportarem novas infeções serão fechadas.

Enquanto os alunos do último ano devem frequentar a escola todos os dias, os mais novos alternam aulas presenciais e online para garantir que os edifícios das escolas não estejam sobrelotados.

Lusa //

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