A imprensa norte-coreana pediu a assinatura do tratado de paz inter-coreano, numa altura em que é esperado nos Estados Unidos um alto dirigente norte-coreano, no âmbito da preparação de uma segunda cimeira bilateral.
No editorial, o jornal oficial norte-coreano Rodong Sinmun afirmou que “transformar a península coreana numa zona de paz consistente é o caminho básico para iniciar uma era dourada de paz, prosperidade e reunificação”.
A Guerra da Coreia (1950-53), que teve como pano de fundo a disputa geopolítica entre os Estados Unidos e a antiga União Soviética, terminou com a assinatura de um armistício e não de um tratado de paz, pelo que os dois países continuam tecnicamente em guerra.
“Só quando transformarmos a península numa zona de paz duradoura e consistente é que o nosso povo poderá desfrutar de uma vida pacífica e estável”, referiu.
O artigo é publicado pouco antes da chegada à Washington de Kim Yong-chol, que já se devia ter reunido com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, em novembro, em Nova Iorque.
Desde a primeira cimeira entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, em Singapura, em junho de 2018, na qual os líderes concordaram em trabalhar para a “desnuclearização completa da península coreana”, poucos progressos têm sido feitos.
O tratado de paz, exigido pelo líder norte-coreano para dar início à desnuclearização, continua a depender do sinal verde dos Estados Unidos, país do qual Pyongyang espera também “medidas proporcionais” para avançar com o processo.
Sobre a Coreia do Norte continua a pesar um forte regime de sanções económicas, aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU, que tem estrangulado a economia do regime.
ZAP // Lusa