A Coreia de Norte voltou a lançar dois mísseis balísticos uma semana depois de dois outros mísseis, de curto alcance, terem caído no mar entre a Coreia e o Japão.
Os projéteis, segundo avança a agência de notícias sul-coreana Yonhap, citada pela Reuters, foram lançados na noite de terça-feira da península de Hodo, na província de Hamgyong, na costa leste da Coreia do Norte.
O lançamento dos projéteis, cuja natureza ainda era desconhecida, aconteceu “às primeiras horas da manhã” norte-coreana, cujo fuso horário está oito horas à frente da hora portuguesa. A agência cita fontes militares sul-coreanas que garantem estar a monitorizar a situação e em alerta para mais ocorrências.
De acordo com a BBC, os mísseis terão viajado a uma velocidade de 430 quilómetros por hora, atingindo uma altitude de 50 quilómetros, antes de cair no mar do Japão. Os ensaios foram supervisionados pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un, noticiaram meios de comunicação da Coreia do Norte.
O ministro da Defesa sul-coreano, Jeong Kyeong-doo, afirmou que os últimos projéteis disparados são de um tipo diferente dos mísseis lançados anteriormente. O responsável não acrescentou pormenores. Os Estados Unidos ainda não reagiram ao lançamento destes novos projéteis.
Na passada quinta-feira, a Coreia do Norte disparou dois mísseis de curto alcance no mar para manifestar a sua irritação com a realização de exercícios militares conjuntos previstos entre forças de Seul e Washington.
À época, a Coreia do Sul comentou que os lançamentos norte-coreanos era uma provocação: “Este é um novo tipo de ameaça militar. O governo está a pedir que Pyongyang suspenda tais atividades que não ajudam aos esforços de aliviar as tensões militares na Península Coreana”, disse o porta-voz do ministério, Choi Hyun-soo. Agora, o governo sul-coreano repetiu que o exército está “atento” à possibilidade de haver novos lançamentos: “Os EUA e a Coreia do Sul estão a analisar os detalhes destes lançamentos”.
Nos últimos dias, a Coreia do Norte tem aumentado a pressão sobre os EUA e a Coreia do Sul, na sequência das manobras militares previstas este verão entre Seul e Washington. Pyongyang tem ameaçado quebrar a promessa, em protesto contra os exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os EUA, previstos em agosto.
Em maio, a Coreia do Norte lançou dois mísseis de curto alcance, que viajaram mais de 400 quilómetros.
