Consumidores podem agora reclamar valor do gás que fica no fundo das botijas

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Os comerciantes passam a estar obrigados a pesar as botijas de gás aquando da venda e da respectiva devolução. Uma medida aprovada pelo governo que visa garantir que os consumidores são reembolsados com o valor do gás que fica no fundo das garrafas.

A normativa foi aprovada em Conselho de Ministros, nesta quinta-feira, e está a ser recebida com muitas críticas por parte da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC) que se queixa de não existirem condições para a cumprir.

A medida governamental surge depois de um estudo da DECO que concluiu que, em média, cerca de “300 gramas numa botija são sempre devolvidos à marca, apesar de terem sido pagos pelos clientes”.

A ideia do governo é que os consumidores tenham direito a receber esse valor, pelo que pretende obrigar os revendedores a pesarem as botijas aquando da sua entrega por parte do cliente.

Mas o vice-presidente da ANAREC, José Reis, considera que a medida é “eleitoralista” e que “não é exequível”, conforme declarações divulgadas pela Rádio Renascença.

“Não passa pela cabeça de ninguém andarmos a pesar as garrafas tanto na compra como na venda. Temos de ter as balanças aferidas, quem vai pagar esse custo? E como é possível transportar garrafas para um revendedor? O revendedor também tem de ter balança?”, constata José Reis à Renascença.

“É lamentável que agora é que venham dizer que o gás vai ser vendido ao quilo. Como era vendido antes? Ao metro? Isto é uma medida que só pessoas que não têm qualquer conhecimento do negócio é que podem estar a dizer uma barbaridade destas”, acrescenta.

O responsável da ANAREC frisa que a Associação vai “tentar cumprir” e “ajudar” os seus associados a cumprirem a lei. Isto “se for possível cumpri-la”, diz.

“Se não for possível terá de se fazer alguma coisa nesse sentido”, conclui José Reis.

Agora compete à Entidade Nacional para o Mercado dos Combustíveis dar seguimento à medida aprovada pelo governo, nomeadamente em termos de regulamentação prática da normativa.

ZAP

5 Comments

  1. 300 gramas em cada bilha dá uns milhares de euros de lucro ao longo dos anos. Como se fala em pagar, a ANAREC ficou aflita com o trabalho que vai ter em carregar balanças aferidas. Tenha vergonha, Sr. José Reis!! Cale-se!!

  2. Desde que vi há mais de quatro,…..1 caracol puxar 1 autocarro e o tal porquinho, andar de bicicleta,……!!!! / Que mais me há-de surpreender,…???

    100 comentários, tenham vergonha,…!!! !!! / é como o caso dos sacos,…

    Com o meu voto não ficam lá, nem que vá para pior,….

  3. É óbvio que é uma perfeita parvoada eleitoralista totalmente inexequível. Gostava de ver os pareceres técnicos que apoiam tal parvoada. Nesta cadeia toda, consumidor/revendedor/distribuidor/fornecedor, todos vão pesar as garrafas vazias, e o fornecedor (Galp, BP, etc) vão reutilizar o gás nos próximos enchimentos. Vão? . Podem? Não seria mais fácil, instruir as pessoas sobre os procedimentos para utilizar o máximo do gás contido na garrafa? Em alternativa, avaliar a quantidade média deixada na garrafa (valores da Deco e outros que se obtivessem) e deduzir esse valor no preço do gás?. Já agora, é muito perigoso, mas não é difícil meter uma boa pinga de água na garrafa vazia, antes de a pesarem. Politicos!

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