Humidade, radiação ultravioleta e temperatura podem ser verificados devido a uma nova solução tecnológica.
Um medicamento, ou um suplemento alimentar, pode estragar-se devido ao seu fraco estado de conservação.
A temperatura, a humidade e a incidência de radiação ultravioleta são factores fundamentais nesse estado.
O CeNTI, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa e a empresa portuguesa Neutroplast – Pharmaceutical Packaging chegaram a uma alternativa: ver o estado de conservação através da embalagem.
As duas entidades criaram embalagens inteligentes, funcionais e sustentáveis, para combater o desperdício de produtos perecíveis, sólidos e líquidos.
Esta novidade integra sensores impressos flexíveis. A inovadora embalagem tem um bioindicador que comprova, através do aparecimento de uma coloração vermelha na tampa, a presença de humidade no seu interior.
As novas embalagens trazem propriedades avançadas, funcionando como uma barreira ao oxigénio, ao vapor de água e à absorção de humidade, em substituição das soluções convencionais de sílica gel. Garantem assim a maximização da vida útil dos produtos, sem prejuízo da sustentabilidade da embalagem.
Os revestimentos da embalagem incorporam materiais de origem biológica e/ou amigos do ambiente.
E o utilizador pode consultar os dados através de uma aplicação no telemóvel.
Esta nova solução tecnológica tenta aumentar a segurança do consumidor e a sua confiança nas embalagens e, ainda, conservar e potenciar a validade dos produtos, monitorizando as suas condições de armazenamento ou utilização, lê-se em informação enviada ao ZAP.
A ideia é também que cada pessoa faça um correto acondicionamento dos artigos.
O seu aproveitamento também deve ser “ensinado” porque, por vezes, os medicamentos e os suplementos são sujeitos temporariamente a condições não ideais – mas isso não significa que seja logo para o lixo.
As embalagens foram pensadas sobretudo para os contextos de indústrias farmacêuticas e suplementos alimentares, mas pode ser aplicada a qualquer sector alimentar.
O projeto está numa fase de finalização do protótipo e deve ser comercializado daqui a 2 ou 3 anos.