Paris: depois do tiroteio, confrontos e polícias feridos

Teresa Suarez/EPA

Confrontos em Paris

Dia de violência numa zona da capital francesa. Cursos reagem após ataque junto a um centro cultural curdo.

O dia anterior à véspera de Natal está a ser marcado por mortes e feridos, tiroteio e manifestações, em Paris.

Ao final da manhã desta sexta-feira, um homem de 69 anos foi o autor de um tiroteio na rua d’Enghien, no 10.º bairro da capital de França. Junto a um centro cultural curdo.

Um balanço feito horas depois revelou que o crime originou pelo menos três mortos e três feridos.

Há uma pessoa em estado grave no hospital – precisamente o autor dos disparos.

O autor do tiroteio é francês e foi maquinista de comboios. Já se tinha envolvido em tentativas de homicídio e era investigado por crime com contornos racistas.

As três pessoas que morreram eram curdas.

O crime não está a ser analisado como acto terrorista mas muitos curdos olham para este tiroteio como um ataque ao seu grupo étnico.

Por isso, nas horas seguintes, aquela zona de Paris tem sido palco de manifestações violentas de curdos, que entraram em confronto com a polícia e já causaram pelo menos 11 polícias feridos.

Os confrontos começaram quando Gérald Darmanin apareceu no local do tiroteio.

O ministro francês da Administração Interna ia acompanhar as investigações, falar com os jornalistas; estava rodeado por muitos elementos de segurança – e a troca de agressões começou aí, com utilização de gás lacrimogéneo pouco depois.

Os curdos já atiraram projécteis na direcção dos polícias, queimaram latas de lixo e ergueram barricadas na rua, além de incendiarem lojas e bancas de fruta dos mercados da zona.

Nos protestos estão também franceses que não são curdos, mas que se consideram anti-sistema.

Neste sábado, véspera de Natal, haverá manifestação do conselho democrático curdo de França, em Paris.

Os curdos centram-se sobretudo no Médio Oriente, especialmente no Leste da Turquia. Há cerca de 30 milhões de curdos no planeta.

ZAP //

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