O condutor do automóvel que este sábado atropelou nove peregrinos no IC2, em Cernache, Coimbra, provocando a morte de cinco pessoas, foi constituído arguido e vai ser ouvido em tribunal segunda-feira, disse à Lusa fonte da GNR.
De acordo com o comandante do Destacamento de Trânsito da GNR de Coimbra, capitão Sandro Oliveira, o homem, com cerca de 25 anos, de nacionalidade portuguesa e residente perto da zona onde se deu o acidente, “foi constituído arguido, prestou termo de identidade e residência e foi notificado para comparecer em tribunal” para ser ouvido por um juiz e determinação de eventuais medidas de coação.
Segundo a mesma fonte, o condutor da viatura sofreu ferimentos ligeiros – “uma luxação num dedo de uma mão e pequenas escoriações” – e, após ter tido alta hospitalar, foi acompanhado pelas autoridades às instalações da GNR onde lhe foi comunicada a condição de arguido e a notificação para comparecer em tribunal.
O acidente, ocorrido às 04:00 de hoje, provocou a morte de cinco peregrinos, dois dos quais escuteiros, após o automóvel se ter despistado à saída de uma curva e invadido a faixa contrária onde seguiam, a pé, cerca de 80 pessoas provenientes de Mortágua com destino a Fátima.
O carro atropelou os peregrinos precisamente numa zona de bermas estreitas onde o trânsito automóvel está reduzido a duas vias devido à criação de uma faixa de segurança para possibilitar a circulação de peregrinos.
De acordo com o capitão Sérgio Oliveira, as faixas de segurança são colocadas pela empresa Estradas de Portugal “há muitos anos”, em locais previamente identificados, onde existem habitualmente, três faixas de circulação.
“Suprime-se uma, onde as bermas são reduzidas, para possibilitar um corredor de segurança“, explicou.
O comandante do destacamento de trânsito da GNR disse ainda que no troço do IC2 que atravessa o distrito de Coimbra existem três faixas de segurança com aquelas características: uma no local onde se deu o acidente, outra mais a sul, junto à localidade de Arrifana, e outra no topo norte do distrito, na zona de Santa Luzia.
/Lusa
É triste ainda se ver casos destes nas estradas e autoestradas portuguesas, quem não sabe ter responsabilidade com álcool ou sem, deveria ser inibido de conduzir para o resto da vida e as penas essas deveriam ser aumentadas ainda mais.
Aos condutores álcool e telemóvel não p.f, obrigado.