Condução sob efeito de álcool dispara mais de 90% face a 2021 e supera níveis pré-pandemia

Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

A grande subida em relação a 2021 deve-se em parte aos confinamentos, mas as infrações também subiram 12% comparativamente a 2019. O número de crimes rodoviários subiu em relação ao período homólogo de 2019, 2020 e 2021.

A condução sob o efeito de álcool registou um “aumento significativo” em relação aos últimos anos, de acordo com a PSP. No primeiro semestre de 2022, foram apanhados 4688 condutores embriagados, um aumento de mais de 90% em relação ao ano passado e de mais de 12% em relação a 2019.

Em 2020 e 2021, este crime reduziu para praticamente metade dos valores normais devido aos confinamentos trazidos pela pandemia, mas a subida registada nos primeiros seis meses reflete um crescimento mesmo em relação aos níveis pré-pandemia, lembra o JN.

A GNR avança que “o tipo de crime mais recorrente é a condução de veículo sob o efeito de álcool e a condução de veículo sem habilitação legal“. Os distritos com mais infratores são Aveiro, Porto, Faro e Setúbal.

No total, o número de crimes rodoviários nos primeiros seis meses de 2022 chegou aos 19 679, um valor que subiu em relação ao período homólogo de 2019, 2020 e 2021.

O último relatório da sinistralidade a 24 horas da Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária revela que entre Janeiro e Abril de 2022, a taxa de infração ficou nos 0,79%, uma quebra de 19,4% em relação à taxa de 0,98% registada no mesmo período de 2021.

Alain Arela, diretor-geral da Prevenção Rodoviária Portuguesa, acredita que a variação nos dados também se explica pela maior ou menor realização de fiscalizações por parte das autoridades, sugerindo que os dados sejam cruzados. O especialista defende também uma “abordagem holística” na questão da condução sob o efeito de álcool, com campanhas nas escolas e de sensibilização dos condutores.

ZAP //

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