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Como tornar os maridos felizes. Futuras mães de Onomichi “educadas” com panfletos

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A cidade de Onomichi provocou controvérsia e indignação pública por distribuir panfletos com conselhos misóginos para mulheres grávidas.

As autoridades de Onomichi, na região de Hiroshima, no Japão, distribuem há cinco anos panfletos com conselhos a futuras mães sobre o que fazer para “evitar incomodar os seus maridos”.

Nos panfletos em causa sugere-se, entre outros conselhos práticos, que as futuras mães devem evitar “não estar alegres” e dar prioridade aos cuidados infantis em vez das tarefas domésticas.

Demorou cinco anos, mas a controvérsia acendeu-se finalmente esta semana, depois de o conteúdo dos panfletos ter chegado às redes sociais — originando uma onda de protesto público.

Em reação à controvérsia, o presidente da autarquia local, Yukihiro Hiratani, pediu desculpas, reconhecendo que os panfletos promoviam estereótipos de género, e anunciou o fim da sua distribuição.

Apesar da resposta do autarca, as críticas nas redes sociais mantiveram-se.

Os utilizadores  questionam como foi possível que um documento deste tipo tivesse estado a ser distribuído durante um período tão prolongado — indício de um machismo latente na equipa de Hiratani.

Segundo a revista Time, os conselhos foram redigidos com base num inquérito realizado em 2017 a 100 pais da cidade. Desde 2018, foram enviados anualmente cerca de 600 panfletos a mulheres no seu sétimo mês de gravidez.

Este incidente reacendeu a discussão sobre questões de género no Japão, um país que luta contra uma severa desigualdade de género.

O Índice Global de Desigualdade de Género do Fórum Económico Mundial classifica o Japão em 125º lugar entre 146 países, atrás de muitas economias desenvolvidas.

A desigualdade de género no Japão é evidente na política e na economia, com apenas 13% dos cargos de gestão ocupados por mulheres — que têm 68% dos empregos precários e com salários mais baixos.

Estas disparidades refletem os papéis tradicionais de género no Japão, que atribuem a maioria das tarefas domésticas às mulheres, levando à discriminação no local de trabalho, incluindo o assédio à maternidade.

ZAP //

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1 Comment

  1. COM A PRESSÃO POR PRODUTIVIDADE SOBRE O HOMEM NO JAPÃO, ESTES PANFLETOS SÃO INÚTEIS!
    O JAPONÊS NÃO TEM TEMPO PARA SEXO E A MULHER NÃO QUER ENGRAVIDAR.

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