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Ciência revela como seria a Pequena Sereia se realmente existisse

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Disney

Com guelras e pelo? Sim, se uma sereia existisse, talvez fosse assim, segundo uma biólogo marinha.

Mais de 80% do oceano ainda está por descobrir. Talvez seja por isso que o mito das sereias tem perdurado durante tantos anos. Embora não haja provas concretas da sua existência, há quem acredite que estes seres continuam escondidos algures debaixo de água.

O conto d’“A Pequena de Sereia”, de Hans Christian Andersen, popularizou-as. Depois de ser adaptado pela primeira vez em 1989, a Disney voltou a pegar na história para recriá-la num filme em live action.

Assim, não há melhor altura para falar de sereias. Mas, hipoteticamente falando, quão real é a possibilidade de uma criatura destas existir?

À BBC Science Focus, a bióloga marinha Helen Scales diz que é perfeitamente possível movimentar-se ao estilo de uma sereia. “É uma forma muito boa de nos deslocarmos rapidamente”, explicou.

Até aqui tudo bem. Mas os problemas começam a surgir com a parte humana da sereia. Mais particularmente, o torso, que não evoluiu o suficiente para sobreviver por longos períodos de tempo debaixo de água.

“A minha preocupação é a respiração”, diz Scales. “Se precisarem de nadar até à superfície para respirar, terão de ter algo mais parecido com um espiráculo do que um nariz e uma boca. É por isso que os crocodilos têm as narinas mais altas na cabeça, para que lhes seja mais fácil respirar à superfície”.

Se vivessem totalmente debaixo de água, as sereias precisariam de guelras ou algo semelhante que lhes fornecesse oxigénio.

Além disso, o tronco humano, com os seus braços e dedos intrincados, pode servir-nos bem em terra, mas colocaria as sereias em desvantagem em relação aos seus pares. Os braços não são grandes ferramentas no que toca a nadar.

Mesmo que os papéis se invertessem e as sereias tivessem uma parte inferior humana, não faria grande diferença. Afinal de contas, a cauda é uma excelente forma de elas se movimentarem.

E como é que elas conseguiriam lidar com o frio glacial de um oceano de inverno? “Precisariam de uma gordura bastante espessa”, reconheceu Scales. “Ou isso, ou podiam seguir o caminho da lontra marinha e ter pelo”. Sim, uma sereia com pelo.

ZAP //

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