Descida ténue da última semana pode ser invertida já na segunda-feira com a subida prevista pelo preço crescente do mercado internacional.
Após uma semana em o preço dos combustíveis caiu em função da descida adicional do ISP, de forma a simular uma diminuição do IVA de 23% para 13%, é expectável que a partir do próximo domingo os preços subam novamente, à luz do contexto internacional. Esta semana, a União Europeia anunciou um boicote à importação de petróleo russo, o que fez disparar a cotação do Brent em quase 5%.
Desta forma, o barril atingiu o valor de 110,20 dólares à hora do fecho da sessão de quarta-feira. Apesar da descida ligeira ontem, para 109 dólares, é expectável que esta tendência se reflita nos preços dos combustíveis já na próxima segunda-feira. Considerando as descidas pouco significativas desta semana, é, assim, expectável, que os preços retomem os valores anteriores, avança o Correio da Manhã.
Apesar de o Governo ter antecipado uma descida de 15,5 cêntimos para a gasolina e de 14 cêntimos no gasóleo, tal acabou por não acontecer na maioria das bombas, o que gerou polémica e motivou troca de ideias entre António Costa, o representante da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas e até da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos e a Entidade Nacional do Setor Energético (ENSE).
Numa fase inicial, o primeiro-ministro fez saber que a ASAE iria fiscalizar os postos de abastecimento, no sentido de garantir que estes implementaram efetivamente a medida, sem margem para lucros adicionais, e pediu aos portugueses para estarem atentos.
Neste sentido, o secretário-geral da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) veio garantir que não se passou “nada de anormal” com a descida dos preços, apontando que a estimativa “foi demasiado redutora”. “Acho que nada de anormal se passou, houve apenas uma interpretação, cremos nós, da informação do Governo, que foi demasiado redutora, simplificando as coisas e considerando apenas o efeito do ISP [Imposto sobre os Produtos Petrolíferos] e esquecendo o efeito dos outros fatores”, António Comprido.
Neste contexto, também a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos e a Entidade Nacional do Setor Energético — a segunda é o organismo responsável por fiscalizar o setor tutelado por João Galamba — esclareceram que nada de anormal aconteceu. “A trajetória de preços de referência e de venda [ver infografia] cumpriram um ajustamento racional, tendo em conta o atual valor de ISP e a evolução das condições dos mercados internacionais da semana anterior”, fez saber a ENSE.
Para além do conflito na Ucrânia, também os confinamentos impostos na China têm impactado o mercado do petróleo.
Ou seja a UE ainda não vez nenhum embargo ao petróleo Russo logo continua a haver a mesma quantidade que havia antes do conflito, agora o confinamento da China também serve para aumentar os preços do petróleo quando o consumo é menor.
Por esta ordem selvagem de especulação qualquer dia o facto de chover ou estar sol será sinonimo de aumentos no preço do crude.
Os preços não vão subir mas sim descer