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Depois de Coimbra, Leiria também quer aeroporto internacional

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O presidente da Câmara de Leiria garantiu esta terça-feira à agência Lusa que a abertura da Base Aérea n.º 5 (BA5) de Monte Real à aviação civil continua a ser hipótese, contrariando o autarca de Coimbra.

O presidente da Câmara de Leiria (PS) e da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), Gonçalo Lopes, assegurou que “não existe nenhuma informação referente a outras intenções que não seja estudar Monte Real como solução para o aeroporto na região Centro”.

“Já não é a primeira vez que surgem estas declarações [de Manuel Machado] e acontecem pontualmente por motivos que desconheço, mas que criam sempre uma tentativa de diminuir a solução Monte Real”, sublinhou Gonçalo Lopes.

O presidente da Câmara de Coimbra disse na segunda-feira, no final da reunião do executivo camarário, que a construção de uma infraestrutura aeroportuária na região Centro é “uma questão central a ser resolvida”, depois de gorada a hipótese da Base Aérea de Monte Real (Leiria) abrir à aviação civil.

“Acabou de ser tornada pública a posição do Governo e das Forças Armadas de que não é solução o que estava a ser idealizado e alimentado por alguns. Afastada essa hipótese [Monte Real], no programa de desenvolvimento do país 2020-2030, a questão do aeroporto torna-se de novo numa questão central a ser resolvida“, sublinhou Manuel Machado (PS).

Numa entrevista ao Jornal de Negócios publicada no início do mês, o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, admitiu que aquela base aérea acolha voos civis, mas não um aeroporto civil. “Aeroporto civil não diria. Pode acolher voos civis. Será muito difícil justificar o investimento para ter um aeroporto internacional a funcionar em pleno. Pode acolher voos civis ‘charter’, para eventos especiais como o 13 de maio em Fátima, muito embora Fátima esteja a uma hora e meia do aeroporto de Lisboa”, afirmou.

Para o presidente da Câmara de Leiria, Gonçalo Lopes, a “viabilidade de Monte Real está em análise por parte do Governo” e lembrou que a abertura da aviação civil da BA5 “foi assumida pelo próprio primeiro-ministro, António Costa [num comício em Leiria, em setembro de 2019]. Há um sinal político que foi dado pelo primeiro-ministro de Portugal e não temos qualquer tipo de informação de qualquer alteração ao compromisso assumido”, reforçou.

Por isso, Gonçalo Lopes entende que as declarações do autarca de Coimbra foram “um bocadinho precipitadas“. “Aproveitou-se do momento de consulta pública relativamente aquilo que são as propostas das regiões para o plano estratégico de Portugal 20/30, cujo período decorre até ao final do ano. A região de Coimbra apresentou as suas propostas, que são perfeitamente legítimas”, adiantou.

O presidente da CIMRL revelou ainda que a região de Leiria irá entregar as suas propostas no decorrer da próxima semana, onde a “abertura da BA5 à aviação civil é apresentada como uma solução estratégica para os próximos dez anos”.

Em resposta às acusações do vereador do PSD, Fernando Costa, em reunião de Câmara, Gonçalo Lopes adiantou que “o assunto nunca esteve adormecido”. “Iremos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para defender aquilo que é uma solução que é boa, não só para a CIMRL, mas para a região Centro e, sobretudo, para o turismo, em especial o religioso, que é hoje a principal âncora que justifica a abertura de uma infraestrutura desta dimensão na região Centro.

O autarca recorda que “mais nenhum território tem a procura turística que tem o Santuário de Fátima”. “Isto é um argumento muito forte da solução de Monte Real. Foram várias as vezes que esta infraestrutura foi utilizada para voos com a presença de Sua Santidade o Papa e de outras figuras de Estado”, afirmou.

// Lusa

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6 Comments

  1. Como não tenho terreno quero um aeroporto na minha varanda, seita mafiosa que a saberem como o País está andam a pedir tudo e mais alguma coisa, se pedissem para adaptar o Aeroporto de Monte Real a receber também aviões civis até nem achava grande mal porque se gastaria muito menos que fazer um Aeroporto de Raiz, faz-me desconfiar que há muitos interesses nos milhões que é preciso para um novo Aeroporto e que muito dele ia parar-lhes ao bolso como vai sempre nas obras sejam elas lançadas pelos Governos ou pelos Autarcas.

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