Depois de Cristiano Ronaldo ter afastado duas garrafas de Coca-Cola durante uma conferência de imprensa, a marca respondeu ao jogador, dizendo que “toda a gente tem direito às suas preferências de bebidas”.
Numa conferência de imprensa de antevisão ao Hungria-Portugal, Cristiano Ronaldo afastou duas garrafas de Coca-Cola que estavam à sua frente, em cima da mesa, e sugeriu às pessoas que bebessem água.
“Água, bebam água”, disse o internacional português.
O ECO avançou, esta terça-feira, que, na última sessão, as ações da marca caíram mais de 1%. Quando a bolsa de valores abriu na Europa, cada ação valia cerca de 46,28 euros, mas, meia hora depois do gesto, passou a valer 45,55 euros.
Mas é errado associar o gesto do capitão português à queda das ações da Coca-Cola. Afinal, a desvalorização já vinha muito de trás.
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O Mais Futebol analisou a evolução do valor das ações da marca de bebidas, em conjunto com o analista Filipe Garcia, e percebeu que o gesto de Cristiano Ronaldo foi às 14h43. Ora, a bolsa de Nova Iorque (onde a Coca-Cola está cotada) abriu às 14h30 de Portugal continental e já em queda, com um valor muito inferior ao de fecho na sexta-feira.
O diário desportivo detalha que, na sexta-feira, as ações fecharam a valer 56,1 dólares e abriram, na segunda-feira, a valer cerca de 55,7 dólares. Poucos minutos depois, tinham caído para 55,4 dólares. As 14h45, já estavam a valer apenas cerca de 55,3 dólares.
O mais surpreendente é que, de acordo com a análise do Mais Futebol, os minutos que se seguiram ao gesto de Ronaldo tiveram uma variação praticamente inexpressiva. A partir das 19h30, as ações da Coca-Cola até têm uma ligeira recuperação.
Apesar de ser incorreto associar o gesto na conferência de imprensa à queda bolsista, Filipe Garcia admite que a atitude do jogador ” teve repercussão mediática fora da esfera ibérica junto da comunidade financeira”.
Esta terça-feira, um “porta-voz” da marca disse, citado pelo Daily Mail, que “aos jogadores é oferecida água, assim como Coca-Cola e Coca Zero, à chegada às nossas conferências de imprensa”, mas “toda a gente tem direito às suas preferências no que se refere a bebidas”.
Segundo o Tribuna Expresso, a UEFA também reagiu esta terça-feira ao sucedido: sem a Coca-Cola, seria impossível “organizar um torneio com tanto sucesso para jogadores e adeptos” como o Europeu 2020 de futebol.
Quantos milhões pagou a Coca-Cola para o patrocínio e ter ali as garrafas… bebam água